O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), vinculado à Secretaria da Saúde (SES), confirmou, na quinta-feira, 11, mais três óbitos por dengue no Rio Grande do Sul. Todos os casos são de mulheres com comorbidades.

Um dos óbitos, ocorrido em 7 de maio, é de uma residente no município de Ijuí, de 80 anos. Outro, de uma mulher de 87 anos que faleceu em Roca Sales, em 29 de abril. Por fim, no dia 21 de abril, uma moradora de Encantado, de 89 anos, veio a óbito. Com isso, o número de mortes por dengue no Estado subiu para 26 em 2023.

Antes, na quarta-feira, 10, o Cevs teve a confirmação de mais duas mortes: em 22 de abril, uma mulher de 70 anos, com comorbidade, residente em Roca Sales; e, em 29 de abril, um homem de 87 anos, também com comorbidade, morador de Santa Maria.

A secretaria estadual reforça a importância de que a população procure atendimento médico nos serviços de saúde logo nos primeiros sintomas, evitando o agravamento da doença e a possível evolução para óbito.

Situação epidemiológica no Estado

Neste ano, o Rio Grande do Sul já registra 13.419 casos confirmados da doença, dos quais 12.249 são autóctones – isto é, quando contágio acontece dentro do Estado. As demais ocorrências são importadas – ou seja, situações em que residentes do Rio Grande do Sul foram infectados em viagem a outro local.

Em 2022, o Estado registrou mais de 57 mil casos autóctones e outros 11 mil importados. Ao todo, aconteceram 66 óbitos em virtude da dengue no ano passado.

Em Bento

O combate ao mosquito Aedes aegypti tem ocorrido de forma diária, sendo realizado de forma intensa pela Secretaria da Saúde (SMS), através do trabalho dos agentes de endemias do município. Os profissionais realizam visitas em espaços públicos, residências, empresas, dentre outros locais com possíveis criadouros. Até o momento foram encontrados mais de 150 focos e registrados 80 casos autóctones da doença, além de ter 58 em investigação. O município já registrou também pelo menos cinco casos de chikungunya. O bairro com maior incidência do mosquito é o Vila Nova II, apresentando 75% das contaminações.

Para impedir o avanço dos casos, o combate ao mosquito tem sido realizado de forma intensa pelos agentes, e nesta semana foi feito mais uma vez o trabalho de desinsetização (o chamado fumacê), no bairro Vila Nova II. Na quinta-feira, 11, o trabalho continua no bairro Zatt. Ao longo da tarde o fumacê será realizado nas ruas Antônio Rizzi, João Domingos Poli e Sérgio Rodrigues dos Santos.

A médica veterinária da Vigilância Ambiental, Analiz Zattera comentou que “estamos intensificando a aplicação da detetização nestes locais onde tem aparecido casos da doença. É importante, contudo, que a população faça a sua parte mantendo os arredores de suas residências limpos, evitando o acúmulo de água parada. Somente desta forma é que vamos conseguir impedir o aparecimento do mosquito”.

Na próxima semana o trabalho será realizado nos bairros Conceição, Fenavinho e Santa Rita. Locais como terrenos baldios sujos ou depósitos de lixo em vias públicas devem ser denunciados pelo 0800-9796-866.

Sintomas

  • febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias;
  • dor retro-orbital (atrás dos olhos);
  • dor de cabeça;
  • dor no corpo;
  • dor nas articulações;
  • mal-estar geral;
  • náusea;
  • vômito;
  • diarreia;
  • manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira.

Como se proteger
Medidas de prevenção à proliferação e circulação do Aedes aegypti, transmissor da dengue – como a limpeza e revisão das áreas interna e externa das residências ou apartamentos e a eliminação dos objetos com água parada –, impedem a reprodução do mosquito, reduzindo o risco de novos casos. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra o mosquito.