A noite de segunda-feira, 2 de maio, reuniu no CIC empresários, estudantes, professores e autoridades de Bento Gonçalves e região para conhecer os indicadores que traçaram o panorama atual do município, exposto pela Agenda 2020. Tendo como base os dados da Sinaleira 2020, a apresentação foi conduzida pelo presidente do Conselho Superior da Agenda 2020, Humberto Busnello, pelo diretor executivo, Ronald Krummenauer e pela economista, Manuela Lopes.
Segundo o Presidente, Bento Gonçalves está acima da média da maioria dos municípios gaúchos e também da situação do estado. A Capital do Vinho apresenta mais sinais verdes na sinaleira, pois dos 13 indicadores analisados, seis estão dentro da meta, dois em sinal amarelo (o que significa que precisam mais atenção) e cinco apresentam sinal vermelho (carecem de investimentos ou melhorias da gestão).
Antes de iniciar as apresentações, Busnello fez questão de salientar a importância do encontro. “Gostaria de enfatizar que o que está acontecendo aqui hoje a noite é uma reunião de trabalho. Não é um encontro político, não é uma reunião de empresários, é um momento para mostrarmos alguns números sobre Estado, sobre tendências do mundo, para que cada um tome conhecimento, inclusive das decisões que precisarão tomar daqui há alguns anos para que melhorem suas empresas”, comentou o Presidente da Agenda 2020.
Busnello acentuou ainda a atenção que é preciso os empresários terem em relação ao futuro do trabalho. “Estamos no início de uma revolução, a forma como vivemos, trabalhamos e interagimos, vai se transformar profundamente. E já está se transformando. Pois quais são as principais tendências do mundo? Até 2020 teremos a biotecnologia, teremos robótica avançada, transporte autônomo e inteligência artificial, e o impacto disso no mercado é que até lá, mais de sete milhões de empregos serão extintos”, pontuou.
Alguns presentes fizeram considerações sobre os dados apresentados durante a noite. O médico psiquiatra Jaime José Farina ressaltou a necessidade de um maior investimento público na primeira infância. “A formação da personalidade das pessoas inicia já no nascimento e vai até os seis anos de idade, e é preciso dar atenção à isso”, afirma. Além de Farina, Tiago Fabris, Presidente do Diretório Acadêmico da UCS de Bento Gonçalves, reiterou a necessidade do aumento nos repasses às universidades, também atingidas pela atual conjuntura econômica do país.
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