Hoje, 1º de outubro, é comemorado o Dia Internacional da Música. A data foi instituída em 1975 pela International Music Council, organização não governamental fundada com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em 1948, com o objetivo de levar a música a todos os setores da sociedade, promovendo a paz e a amizade entre os povos.
Capaz de mudar o dia-a-dia das pessoas com um simples tocar de notas, a música é uma linguagem universal que tem o poder de ajudar a melhorar o humor, proporcionar um momento de relaxamento, unir indivíduos em momentos de alegria ou emoção, entre vários outros benefícios. O produtor cultural, Guilherme Krema, cita essa arte como uma fonte de inspiração, motivação e trabalho. “Ainda mais após o isolamento social, seguir fazendo música, produzindo eventos neste sentido e acreditando no seu poder de mudança social, tanto pessoal quanto coletiva. É resistência”, comenta.
De acordo com Krema, cada indivíduo tem uma relação muito particular com essa prática cultural. “Em cada pessoa, ela tem um efeito diferente e isso também muda conforme o contexto, já que hoje temos ela em quase tudo”, afirma. Em Bento Gonçalves, a música tem um papel muito importante de preservação da história da imigração. “É lindo o trabalho dos corais e grupos que conservam a cultura italiana, mas além disso, é importante reconhecermos o trabalho da AKARA, da Nest Support do Movimento Negro Raízes, e outros espaços que recontam e fazem história através da música, da dança e de movimentos sociais que atuam no município”, ressalta.
O produtor conta sobre a importância do Fundo Municipal de Cultura para o fomento e lançamento de novos produtos musicais, investimento que contempla vários artistas da cidade. “Acredito que o brilho dessa arte em Bento, está nas tantas oficinas e aulas de música que são desenvolvidas, tanto pela Secretaria de Cultura, quanto por espaços privados ou independentes. Nesse movimento temos muitos musicistas e professores apaixonados que geram transformação de vidas e histórias através dessa combinação harmoniosa e expressiva de sons”, salienta.
Além de amar a música desde pequeno e ser músico, Krema é um pesquisador muito ferrenho. “Cresci ouvindo discos inteiros, lendo, escrevendo letras e me aprofundando no universo particular de vários artistas, até entender que eu também podia me expressar através de palavras e sons. A AIUKÁ, banda que tenho com amigos, é hoje meu sonho concretizado e que me proporciona algumas das minhas maiores realizações”, confessa.
O músico ainda revela que não funciona sem música, combustível que o faz levantar da cama e encarar a vida com disposição e intensidade. “Além disso, ela é sentimento, é se conectar com uma sensibilidade sublime que me afeta de um jeito muito particular. Num dia tão representativo, fico muito feliz de participar e acompanhar tantos movimentos potentes e pessoas que também se conectam e geram vida e transformação através da arte, da música”, conclui.