Alimentos são livres ou contém menos ingredientes que podem fazer mal à saúde como açúcar, sódio e gordura. Nutricionista explica que, para cada pessoa, há uma dieta que seleciona os melhores produtos para ingestão
Alimentos diet e light são comumente consumidos por pessoas que estão em algum tipo de dieta. Seja para aqueles que foram diagnosticados com alguma patologia ou quem deseja reduzir a quantidade de calorias ingeridas, o ideal é saber o que comer para manter uma dieta balanceada e saudável.
A nutricionista Letícia Bettinelli Carraro afirma que a nomenclatura traz uma diferença entre os dois tipos de produtos. “Os alimentos diet tem retirado de sua composição totalmente algum ingrediente, por exemplo, uma bala sem açúcar é uma bala diet. Já o light tem redução do teor de algum dos elementos, como de sódio, de açúcar e gordura de pelo 25% da sua composição em comparação com o produto tradicional”, explica.
Letícia menciona que a escolha por esse tipo de alimentação pode ser opção de pessoas que estão lidando com questões de saúde ou por quem está querendo fazer alguma dieta. “Pode ser uma alternativa para não ter que deixar de consumir esses alimentos. O alimento convencional é integral, tem todos os ingredientes, enquanto diet e light tem diferença”, ressalta.
Dependendo da situação, esses produtos podem interferir na saúde. “Não digo que eles fazem bem porque depende muito da necessidade, se você está saudável pode comer um produto tradicional. Às vezes, por exemplo, em um chocolate diet é retirado o açúcar e adicionada mais gordura, então, não necessariamente ele fica melhor, fica em uma composição pior. Muitas vezes as pessoas veem como mais saudável, mas não é bem assim. Então vai ter que ser avaliado individualmente as vantagens e a necessidade do uso”, exemplifica.
Um portador de diabetes, por exemplo, deve reduzir ou vetar a ingestão de açúcar. “Depende muito da dieta da pessoa com diabetes. Por exemplo, o convencional é ela usar o produto diet, porque é retirado todo o açúcar, aí não vai dar um impacto na glicemia dessa pessoa”, realça a nutricionista.
Quem quer perder peso também precisa escolher bem o que vai comer. “Tem produtos light que têm redução do percentual de calorias, talvez seja interessante para emagrecer. Só que, muitas vezes, a pessoa confunde e acha que pode comer à vontade. Dessa forma, ela poderá estar comendo muitas calorias e não fazer o efeito dentro do motivo de emagrecimento”, destaca.
Por ter modificação na composição, com um processamento para ter a alteração da redução ou retirada de algum ingrediente, os produtos diet e light são, normalmente, industrializados. “Ambos têm que ser usados com moderação, dentro do contexto de uma alimentação equilibrada e, de preferência, com a orientação de um nutricionista”, recomenda a profissional de nutrição.
Entre os produtos prontos e naturais, também vai depender de cada caso a escolha mais precisa. “Eu, como nutricionista, não tenho o hábito de indicar produtos diet e light a não ser em algum caso muito específico. Prefiro ajustar a dieta com alimentos naturais, de uma maneira equilibrada. Porém, não há uma contraindicação. Tem que ser utilizado conforme a necessidade de cada um, e de qualquer tem que ser usado de uma maneira personalizada, adaptada para a necessidade de cada um e com moderação”, conclui Letícia.
Saiba mais
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), os termos diet e light foram criados para facilitar e ajudar na identificação de diferentes tipos de alimentos. Profissionais da entidade afirmam, ainda, que quando se tem o diagnóstico de Diabetes, a primeira ideia é que devemos usar a partir de então somente produtos dietéticos. “Para isso é importante analisar se todos são mesmo indicados, até porque nem todos os alimentos diet são sem açúcar”, explica a SBD, em nota.