A degustação e seus odores

Tempos atrás eu estava em visita ao Parque Ecológico da Vinicola Dall Pizzol. Me deleitava em torno daquele ambiente paradisíaco quando fui convidado a participar de uma sessão de degustação de vinhos. Em principio recusei, o Toninho – que Deus o levou – insistiu e lá fui eu. Tinha uma condutora do processo, não sei se o nome era “Judite”, mas prova daqui, prova de lá, ela começou a perguntar sobre as sensações organolépticas. Um casal de Porto Alegre, jovem e “vestindo Prada”, começou o processo dizendo “senti aromas de esterco”, bem assim ele definiu. Olhei, baixei a cabeça e, quando chegou minha vez eu estava pronto para dizer “flores do campo”. Mas, como diria eu sobre aromas poéticos diante do “esterco”? Não disse nada, levantei preguiçosamente e, me retirei silenciosamente, ouvindo a “Judite” dizer “O PRÓXIMO”! Fui até o varejo, sentei numa mesa, pedi um Merlot na expectativa de descobrir onde tinha aromas de “esterco”, achei delícia, sou fã dos vinhos Dall Pizzol, comprei duas garrafas e… fui! “De olho na polícia”.

O Citibicy

Na praia, tenho o costume de apanhar minha bici Caloi (de calos nas mãos + dodói na musculatura), sem marchas, e saio de Xangrilá rumo a Capão, ida e volta. Dependendo das curvas dá uns 18 quilômetros. Na minha volta, numa das “viagens”, parei em Atlântida numa Lancheria/Restaurante da SABBA, à beira praia, pois “faltou combustível” no pedalante, ou seja, álcool no sangue. A garçonete veio e eu disse brincando: “tu vende combustível aditivado para bicicleta”? “Como assim”? ela questionou. Combustível aditivado para bicicleta é “espumante Brut para o ciclista” respondi. Ela respondeu rindo: “só em copo”. Eu disse: “que seja”. Quando eu já estava “desmaiando” de tanto esperar, lá veio o copo. Desenrosquei, depois de ler o rótulo, e tomei: “becs, exclamei, é uma esbichia”, mas “deu pra ti baixo astral”, na “ausência de tu vai tu mesmo”! Só sei que a bicileta saiu falhando o motor, de tão ruim que era o espumante. Então lá fui eu, turbinado. E a CALOI, saltava meio fio, subia na calçada errada, tirava fino dos automóveis e eu “te acalma bichana, tá querendo aprontar pra cima de “moi” (mim)? E ela respondia: “o problema é o ‘pedalante’, que não para quieto em cima desse assento, me desequilibra toda”. Parei numa esquina, ainda em Atlântida, me lembrei da Angélica e sua canção “vou de táxi”? Me debrucei em cima do guidão, cabeça em meio aos braços e começei a cantar: “no, no, no, no cosi non dá, el vecchio Trivelin romai le mal chiapa”. E a bici não deixou por menos: “força covarde, vai que dá, te equilibra aí que eu garanto aqui”. E fui. Quando cheguei na Paraguaçu (Avenida) e fui atravessar, quem estava do outro lado em frente ao Supermercado? Um carro da “poliça”. Parei, pensei, estou sem capacete, vou, não vou? E a bici disse: “vai rapaz, os poliça não vão te dar bola, com esse odor de sovaco que vem dali de cima eles não vão vir pra cima de ti com seus bafômetros portáteis para medir teus aromas etílicos, ainda mais com a descoberta da existência de aromas de esterco feita pelo casal portoalegrense”. Tirei a embalagem do esbichia e escondi dentro da minha sacola de praia e fui, passei pelo carro da Brigada e os “poliça” nem me deram bola, inclusive baixaram a cabeça. Lá adiante, ao adentrar a via paralela à Paraguaçu, que é a CicloWay, parei e olhei para trás e vi um soldado com a mão no nariz. Pensei com meus botões: “é coceira ou cheiro de “esbichia”, misturado com sovaco, deixado no caminho”? Seja lá o que for, pedalei, me equilibrei e… PARTIU! Fui em direção à minha, ainda longínqua, residência cantando: “eu vou, eu vou, para casa agora eu vou pararatimbum, pararatimbum, eu vou”! A bici olhou pra mim e balbuciou: “só pode ser coisa do Henrique Caprara, sempre fazendo do limão uma limonada, coisa de sagitariano”. Chegando em casa o que é que eu fiz? Abri uma daquelas garrafas Merlot Dal Pizzol, tinha aromas de flores silvestres, provocando inclusive, sintomas de prazer. Enquanto eu degustava aquele néctar calmante que me trazia sabor à vida, ouvi lá fora a bici reclamando: “não vai me lavar, cara? Tô aqui suja e fedendo a sovaco e esbichia”. “No anoitecer, garota, no anoitecer, até lá aguenta”!

A embalagem do Espumante Brut Esbichia que tomei na praia, fabricado em Caxias. Embora minha bicicleta não queira mais ver nem a embalagem, trouxe para mostrar, a ideia é interessante, mais econômica do que o vinho em lata mas, que contenha um bom produto que “até bicicleta goste”.

OS REGALOS RECEBIDOS

Encaminhei uma consulta técnica ao meu Consultor para assuntos de informática, dono da ICOMP e amigo, Gustavo Predebon. Ele veio até a empresa, adentrou, de forma entusiasmada, no recinto em que eu estava, com uma garrafa de vinho na mão, um MERLOT SOLAR DO VALE, da CAVE DO SOL. “Comprei várias caixas, disse ele, prova, tu vai gostar, vai lá e compra”. Depois de questionar se ele era “garoto propaganda da empresa” eu disse “vou provar”. Horas depois ele disse, “não adianta mais, acabou, venderam tudo”. Vou abrir o vinho quando o Gustavo vier fazer o prato que prometeu para os integrantes da CONFRARIA DO SEMANÁRIO. Do Dolmires Vicentin, o lendário MENIN, ganhei um pote e um favo de mel, ele vive me presenteando com preciosidades da colônia, guardando, a sete chaves, os nomes dos fornecedores. Todas delícias, orgânicas, coisas preciosas. Da minha colaboradora Cleunice ganhei uma geléia de morango, “de morango e não, também com morango”, frutos vindos lá da mama dela e processados por ela, Cleunice. Uma delícia. Coloquei tudo em cima do pula-pula que coloquei aqui no restaurante da empresa, vejam a foto. O refrão é o seguinte: “calorias pra dentro (mel e geléias) calorias pra fora (pula-pula). Mas o pula-pula é também o meu “bafômetro”, quando as pessoas vierem jantar aqui, antes de sair tem que fazer o “teste do pula-pula”. São 40 saltos, se não caírem estão habilitados para ir embora, senão, vão ficar em quarentena etílica, inclusive hidrolizando o álcool com água mineral. Como se vê, nas fotos, “eu mato a cobra e mostro o pau”, diria meu avô.

Os produtos que eu ganhei e o pula-pula, com eles eu adoto o binômio come-come e pula-pula, tudo se equilibra. Com isso eu adquiro uma cintura “moldada”, tanquinho nas laterais e protuberante na frente. Mas, com o pula-pula pode surgir o mal do nono. Qual é? Aquele “vecha, me fa mal la squena”. Si, si, vá la dassar de manhar le robe bone non dá, non le vero? E lora zo scarpon

Curtas e preciosas

• Foi preso, em São Paulo, acusado de ter matado, na Bahia, mais de 100 pessoas. Como ele matava? Queimando as vítimas. O codinome dele? Kiko. Kiko é o nome do mascote do Semanário. Só que o Kiko é um “doce”, também simpático e só abre a boca para pedir biscoitos.

• Leiam com atenção a entrevista de Herminio Ficagna, Superintendente da Vinícola Aurora e vejam a grandeza atual e a projetada. A AURORA distribui aos associados, 30% do lucro obtido, aumentando, de forma considerável, a qualidade de vida de seus associados. Tenho orgulho, entre as pipas da Cooperativa eu brincava, aos 9 anos de idade, de esconde-bate, com meus amigos Hélio e Itamar.

A foto vale a publicação. Vejam a elegância dos noivos e vejam o “Good Boy” que ela conseguiu em seu décimo oitavo casamento. “Moçoilas” jamais percam a esperança!

• Proprietário de 500 hectares de oliveiras em Bagé, sim 500 hectares, acertou com a Prefeitura de Garibaldi, a implantação de uma fábrica de azeite de oliva na Garibaldina. Pasta, galeto, Pane, Vino e Óleo de Oliva, andam de mãos dadas.

• Chegou em Bento a VIA ATACADISTA, gerando empregos e oferecendo 10 mil itens variados. São cinco mil metros quadrados de atacarejo, com lojas, cafés e restaurantes. Salto gigante de nossa Bento que está também na expectativa do surgimento do SHOPPING DA SALTON, no Centro. Vamo que vamo!

• Cantora Gretchen, corpo de menina, rosto com as marcas do tempo, cabeça parecendo não tão boa assim ou tão boa, encarou seu décimo oitavo, repito seu décimo oitavo casamento. Uma forma de se manter jovem ou especialista em resolver conflitos matrimoniais na simplicidade do “casa-separa”?