O governo não informou, entretanto, em qual município a variante do vírus causador da Covid-19 foi encontrada
O novo Boletim Genômico sobre as cepas de coronavírus no Rio Grande do Sul, finalizado nesta sexta-feira, 12, registrou o primeiro caso da linhagem P1 no Rio Grande do Sul. O caso foi notificado em um morador de 88 anos da Região da Serra, que apresentou os primeiros sintomas da doença no final de janeiro.
A P1 é uma variante da Covid que tem como característica já conhecida a maior capacidade de transmissão, ou seja, transmite mais rapidamente o vírus de uma pessoa para outra.
A variante predominante no estado é a P2, ainda em estudos. “Não sabemos como irá evoluir o cenário a partir da interação das duas variantes no mesmo ambiente”, explica a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), Cynthia Molina Bastos.
As amostras sequenciadas que geram as informações do boletim fazem parte da estratégia de vigilância genômica que busca detalhar o perfil das variantes do Estado. “Vamos ampliar o número de amostras da região da Serra para tentar identificar outros casos, ou determinar se é um caso isolado”, diz Cynthia.
Bandeira laranja
O mapa preliminar do modelo de Distanciamento Controlado, divulgado na sexta, tem16 regiões em bandeira vermelha e apenas cinco em laranja (Bagé, Caxias do Sul, Ijuí, Pelotas e Santa Rosa).
O resultado reflete alto risco para esgotamento da capacidade hospitalar e a velocidade de propagação do vírus. Na véspera do Carnaval, o governo do também fez alertas específicos sobre cuidados e o estágio da doença no Rio Grande do Sul.
Sem carnaval
Com o Carnaval, o Gabinete de Crise chama a atenção para que os gaúchos sigam respeitando os protocolos, principalmente quanto à higienização constante das mãos, evitar aglomerações e o uso obrigatório de máscara em todas as bandeiras.
“A segurança pública, em conjunto com os municípios, está pronta para agir de maneira preventiva, evitando aglomerações e festas clandestinas. Mas precisamos que a sociedade contribua e siga tomando os cuidados necessários”, frisou o vice-governador e secretário da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior.
O governo alerta que as festas de Carnaval estão proibidas, por não atenderem aos protocolos mínimos de segurança sanitária. A estratégia adotada no modelo de Distanciamento Controlado utiliza evidências científicas e análise de dados para definir níveis de riscos (traduzidos em bandeiras) e aplicar restrições na proporção, momento e local em que forem necessárias, com protocolos para cada atividade econômica conforme a região.