Em Bento Gonçalves, no mês de maio, número de trabalhadores bateu o recorde do ano, mais do que o dobro da média mensal
Ao encontro da crise mundial causada pela Covid-19, aumentou em Bento Gonçalves o volume de trabalhadores com carteira de trabalho desligados do serviço em 2020 e que tiveram direito ao Seguro-Desemprego. A ajuda é paga pelo Governo Federal. Conforme dados da agência local da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Socia (FGTAS/Sine), 5.731 trabalhadores foram beneficiados no ano passado. O número é 25,76% maior do que o registrado em 2019, que foi de 4.557 desempregados contemplados.
Apesar de não ser um retrato fiel do comportamento das demissões, a concessão do Seguro-Desemprego é um termômetro dos desligamentos de trabalhadores formais. Isso porque nem todos os empregados que deixam uma empresa têm direito ao auxílio. Os que pedem demissão para assumir vaga em outra local, por exemplo, não recebem a ajuda, assim como os que tiveram a carteira assinada, no último emprego, por menos de seis meses.
Impacto da pandemia
Em maio, quando o contágio do vírus estava no auge de prejuízo econômico, o número de trabalhadores que buscou pelo serviço bateu o recorde em 2020. Foram 1.100 pedidos, mais do que o dobro da média mensal de todo ano, que foi de 521. Desse total, 835 solicitaram via online e 265 presencialmente, na agência.
O que é?
É um dos benefícios da Seguridade Social e tem a finalidade de garantir assistência financeira temporária ao trabalhador dispensado involuntariamente (sem justa causa).
Quem pode utilizar o serviço?
Trabalhadores formais que foram demitidos sem justa causa e que:
• Não possuem renda própria que seja suficiente à sua manutenção e de sua família;
• Receberam salários de pessoa jurídica ou de pessoa física e ela equiparada
• Não recebem qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, com exceção do auxílio-acidente, do auxílio suplementar e do abono de permanência em serviço.