Não só os bento-gonçalvenses, mas todos os brasileiros devem sentir no bolso os aumentos que estão previstos para a energia elétrica em fevereiro. Depois do apagão em que mais da metade da cidade ficou sem luz e da importação de energia elétrica da Argentina, foi anunciado pelo Governo Federal um aumento para suprir os custos do fundo do setor elétrico.
O percentual ainda não foi divulgado, mas até agora é estimado um valor ainda mais alto do que os aumentos do ano passado, que ficaram em 30%. Segundo o engenheiro eletricista e professor da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Cícero Zanoni, essa é uma medida inevitável para o momento em que as distribuidoras se encontram, mas que poderia ter sido evitado caso medidas tivessem sido tomadas mais cedo. “Estamos pagando o preço das ações erradas do governo”, afirma.
E quem pensa que Bento ficará fora de um possível racionamento de eletricidade está enganado, já que a distribuição do recurso é feita de forma igualitária em todo o País. “Todos estamos sujeitos, porque a partir do momento que acaba a água em algum lugar, como São Paulo, por exemplo, as outras hidrelétricas devem suprir a demanda deles”, aponta.
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