A partir da próxima semana começa a segunda etapa da vacinação contra o papilomavírus humano (HPV). Usada na prevenção do câncer de colo do útero, ela está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas entre 11 e 13 anos. As que receberam a primeira dose nas escolas entre março e abril deste ano, tomarão agora a segunda dose, enquanto as que não receberam a primeira dose ainda podem iniciar agora o esquema vacinal. O vírus HPV é uma das principais causas do câncer do colo de útero, um dos tipos de maior incidência entre as mulheres.

Na primeira etapa foram vacinadas mais de 219 mil meninas no Rio Grande do Sul, o que corresponde a uma cobertura vacinal de 90% do público alvo. É fundamental que estas adolescentes recebam esta segunda dose, pois assim, produzirão uma maior resposta imunológica (maiores títulos de anticorpos) contra as verrugas genitais e o câncer do colo do útero. O esquema de vacinação será ainda completado com um terceira dose, aplicada cinco anos após a primeira.

De acordo com a estratégia planejada por cada município, a continuidade da vacinação contra o vírus ocorrerá nas escolas, nas Unidade Básicas de Saúde (UBS) ou de forma mista entre os dois locais. As jovens serão notificadas do local onde receberão a dose pela própria escola. Para a segunda dose, não há a necessidade de autorização ou acompanhamento dos pais ou responsáveis. No entanto, caso o pai ou responsável não autorize a vacinação da adolescente na escola, deverá encaminhar o “Termo de Recusa”, devidamente preenchido e assinado.

É muito importante que a adolescente leve o cartão de vacinação ou a caderneta do adolescente no dia da administração da vacina, pois é o documento onde está registrada a primeira dose e será registrada a segunda.
O uso da vacina HPV está embasado em estudos científicos de eficácia e segurança. Eventos adversos pós-vacinação (EAPV) associados à vacina podem ocorrer, porém a maioria destes são leves e benignos.