THE ECONOMIST
Recebi do Roni Dall’Igna um e-mail chamando minha atenção para o exemplar da revista britânica The Economist, edição já de 2019. Nela, há grandes previsões sobre o futuro do mundo globalizado, a exemplo do que essa mesma publicação faz há décadas. A de 1988 chamou a atenção porque as previsões foram acontecendo ao natural. As abordagens são muito interessantes e deveriam ser lidas – e entendidas – por todos os seres humanos que pensam. Recentemente, abordou Bolsonaro e foi qualificada de “comunista”.

COMUNISTA
Há quem diga que sim, é “comunista”. Será? Ela pertence aos italianos da família Agnelli, donos da Fiat, do Clube Juventus e de uma série de jornais italianos, dividem o grupo de acionistas da The Economist com os banqueiros milionários da família Rothschild e da tradicional empresa Pearson Education, que tem focado em temas como diversidade. A revista tem um conselho editorial de acionistas baseado na hegemonia de velhas e abastadas famílias britânicas. Que “comunistas” interessantes, não? Mas, pela repercussão da revista no mundo é que sugiro a quem gosta de saber das coisas que a pesquise, encontre e leia, inclusive essa de 1998. Melhor colocar as barbas de molho, diria o pirata “Barba Negra”.

REVISAR ATOS DE TEMER?
Pois é, é o que Bolsonaro e ministros afirmaram. Eu votei em Lula em 2002, exatamente porque pensei que ele iria “revisar os atos de fhc e sua trupe da privataria”. Escrevi muitas vezes aqui que alguém deveria abrir a “caixa preta da privataria tucana/pepista/pemedebista”. Votei em Lula também porque ele disse que iria “rever os sindicatos” (patronais e de empregados). Mas, Lula me enganou e a todos os que votaram nele por esses motivos. Ele se juntou aos mesmos seres abomináveis que figuram no PP e PMDB desde 1964 e nada fez. Bolsonaro afirma que irá abrir “caixas pretas”. Fará?

QUAIS “CAIXAS-PRETAS”?
Bem, o novo governo já falou que abrirá a “caixa preta” do BNDES e do “Sistema S”. Particularmente, duvido muito que isso seja feito. Imagino só vasculharem as ações do BNDES e verem, “com surpresa”, que elas espalharam BILHÕES, quiçá TRILHÕES, de reais aqui mesmo, DENTRO DO BRASIL, com jurinhos de pai para filho, para grandes empresários “amigos do rei” (e foram muitos desde 1985), muitos dos quais jamais pagaram os “empréstimos”, além dos financiamentos para países estrangeiros. Imagino mais! Imagino se mexerem com o Sistema S. Creio que nenhum capitão, coronel ou general presidente teria coragem para tanto. Então, algumas “caixas pretas” poderão ser abertas, mas não as que sempre financiaram o sistema político brasileiro e seus membros notáveis. Quem viver, verá!

E POR FALAR EM JUROS…
Sim, é bom falar. Será que o governo Bolsonaro terá coragem para fazer o que Sarney (o causador dessa coisa), Collor, Itamar, fhc, Lula, Dilma e esse outro que tomou o poder, não fizeram? Todos esses governos não tiveram a coragem de acabar com a farra dos bancos, gestada e criada por Sarney com seu famigerado “Plano Cruzado”, em 1986. Desde então, os bancos deixaram de ter como objetivo “vender dinheiro” (os mais antigos sabem do que estou falando) para vender juros abusivos e tarifas bancárias. Spread bancário é a diferença entre a remuneração que o banco paga ao aplicador para captar um recurso e o quanto esse banco cobra para emprestar o mesmo dinheiro. O cliente que deposita dinheiro no banco, em poupança ou outra aplicação, está de fato fazendo um empréstimo ao banco, quase de graça.

O ABUSO VAI CONTINUAR?
O que está sendo “aplicado” nos brasileiros, desde o cliente pessoa física até a pessoa jurídica (só as pequenas e médias empresas, claro) no tocante a juros sobre empréstimos é uma IMORALIDADE, indecência. Bancos pagam menos de 1% ao mês (a poupança “paga” 0,3715%) e emprestam por 4%, 5% ou mais, além dos cartões de crédito que tomam inacreditáveis 13%, 14%, isso tudo AO MÊS. E a Constituição lixo de 1988 determinou que os juros máximos deveriam ser de 12% AO ANO. Claro que nunca foi cumprido e, depois de um tempo, ficaram com vergonha por isso e decidiram LIBERAR tudo, como fizeram com os combustíveis. Este seria o momento ideal para se “colocar ordem no galinheiro” dos juros praticados no Brasil. Aposto que tudo ficará como sempre. Ninguém tem coragem de mexer com o verdadeiro e único poder brasileiro, o ECONÔMICO.

ÚLTIMAS

Primeira:
Testemunhei uma barbaridade dia desses. Um gari recolhia o lixo numa residência NO CENTRO e, por mal embalada, abriu-se, dela caindo uma garrafa que correu rua abaixo;

Segunda:
Para começar, há dia específico para se descartar vidros e garrafas e há, também, normas de SEGURANÇA para isso, visando não ferir os trabalhadores. Mas, os “sem noção” ainda se proliferam por aí;

Terceira:
E esses tanto quanto os donos de cães que passeiam pelas praças e calçadas, SEM RECOLHER seus dejetos, semelhantes aos que possuem no lugar no cérebro;

Quarta:
A assembleia legislativa “brinda” seus funcionários com “atrasados” da URV de 1994 com 550 milhões de reais, inclusive para 518 aposentados. O Tribunal de Contas com mais 200 milhões de reais. Esse é o legitimo “país de bananas” (não a fruta, claro, mas povo, que aceita tudo quieto);

Quinta:
Marcos Freitas, secretário da Receita Federal, diz que “precisamos de limpeza no sistema tributário”. Será que ele ficou sabendo do indecente, imoral e inconstitucional IMPOSTO DE FRONTEIRA inventado e aplicado nas micros e pequenas empresas por Yeda Crusius?

Sexta:
Já o ministro da economia diz que “precisamos combater o sonegador profissional”. Bem, depois de termos mais de 570 bilhões sonegados em 2018, é bom que ajam contra isso, mesmo;

Sétima:
Leite diz que o Estado deve deixar de ser um “administrador de departamento de pessoal”. Duvido que consiga;

Oitava:
Mais uma morte no km 9 da ERS-431. Até quando, DAER? Esperam o quê para colocar uma lombada eletrônica ou pardal ali?

Nona:
Grêmio e Inter começam 2019 sem muita animação de suas torcidas. Ainda faltam contratações, sem dúvidas.