Maior evento de design do mundo apontou os rumos do setor em inovação e preservação

A 57ª edição do Salão do Móvel de Milão, maior feira de design do mundo, reuniu mais de 300 mil visitantes, de cerca de 165 países, em um espaço de 205 mil metros quadros que contou com 2,5 mil marcas expositoras. Profissionais, empresas e representantes de entidades do setor, incluindo da Serra Gaúcha, estiveram presentes, destacando os diferenciais competitivos do móvel nacional e buscando conhecer as novas tendências para os próximos anos. O salão é referência mundial em decoração e é considerado a principal feira mundial do setor mobiliário. Além de mostrar o que será novidade nos móveis residenciais, também apresenta o que é relevante para os móveis da indústria.

Segundo Pelicioli, mercado brasileiro mostrou evolução na feira. Foto: Augusto Tomazi

Para organizar o espaço brasileiro na cidade italiana, a Apex-Brasil contou com a parceria do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis), da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), do Sindicato da Indústria de Vidros e Cristais Planos e Ocos no Estado de São Paulo (Sindividro), da Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais (Abirochas) e da Associação Nacional Fabricantes Cerâmicas Revestimento (Anfacer).

Conforme o presidente do Sindmóveis, Edson Pelicioli, o mercado de móveis brasileiro mostrou a evolução, combinado às referências culturais. Para ele, o destaque do evento esteve voltado à sustentabilidade ambiental. A preocupação com materiais ecológicos e sustentáveis presente na feira também foi fio condutor nas ações do Projeto Raiz, junto a questões de inovação e identidade. A inovação, a propósito, apareceu em Milão muito atrelada ao desenvolvimento de novos materiais e a preocupação de tornar isso viável comercialmente. “Isso vai numa linha da economia circular, partindo do campo de pesquisa para aplicação na indústria”, pontua.

Outro ponto interessante, segundo Pelicioli, é a valorização de designers dos países emergentes no Salão Satélite. “Aqui, nascem novas oportunidades para o Projeto Raiz, que fortalece o posicionamento internacional do designer brasileiro, destacando criatividade, inovação e potencial de crescimento no mercado externo”, explica.

A feira surgiu em 1961 com o objetivo de promover a exportação italiana de móveis e complementos, compromisso que foi alcançado mediante a divulgação no mundo da qualidade dos móveis italianos.

O evento acontece no distrito expositivo de Rho, onde se pode ver, tocar e experimentar o melhor que a indústria do móvel pode oferecer, além daquilo que determinará as tendências do setor para os próximos anos.