O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quinta-feira, 25, decreto que extingue o Horário de Verão em todo o país. A decisão foi tomada a partir de estudos feitos ainda no governo Temer e reeditados pelo Ministério de Minas e Energia, que indicam a perda de eficácia do horário especial em termos de economia de energia elétrica.

Durante a cerimônia de assinatura no Palácio do Planalto, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, lembrou que historicamente o horário tinha como objetivo o aproveitamento da luz natural por mais tempo, com redução do consumo de eletricidade nos horários de pico. Nos últimos anos, porém, a alteração dos relógios em uma hora durante parte do ano perdeu o sentido, tanto pela mudança no perfil de consumo, que deslocou o horário de maior demanda por energia, como por fatores como o uso de iluminação e de chuveiros elétricos mais eficientes.

Segundo Albuquerque, como o instrumento deixou de produzir os benefícios esperados, ele decidiu propor ao presidente a suspensão do horário de verão. O próprio Bolsonaro contou ter recebido estudos com proposta semelhante de parlamentares, e disse ter solicitado também avaliações de impacto da alteração de horário sobre a saúde da população. As conclusões, disse, foram idênticas, tanto na questão da economia quando na da saúde. “Eu concordo, porque eu sempre reclamei do horário de verão”.