Para que as 21 escolas da educação infantil de Bento possam atuar de forma segura, uma série de medidas foram adotadas
Nesta segunda-feira, 14, é a vez das crianças da rede pública municipal retornarem às aulas presenciais em Bento Gonçalves. Ao todo, 2.821 estudantes de 0 a 5 anos, de todos 21 educandários, devem reiniciar a rotina escolar.
Para isso, uma série de medidas estão sendo providenciadas para uma volta mais segura. De acordo com a secretária de Educação, Iraci Luchese Vasques, “todas as escolas apresentaram os protocolos de contingência, de acordo com normas exigidas pelo decreto do Governo Estadual, para o COE Municipal (Centro de Operações de Emergência em Saúde para a Educação), o qual foram avaliados e aprovados”, afirma.
Mesmo com a aprovação, o COE-Municipal e a Vigilância Sanitária estão realizando visitas de vistoria nas escolas. “O diferencial de Bento Gonçalves é de que para o retorno, todos os profissionais devem ser testados”, destaca Iraci. Uma parte dos testes foi realizada na sexta-feira, 11, e outra neste sábado, 12. Serão 530 profissionais testados. Em caso de resultado positivo, a pessoa será encaminhada para tratamento e isolamento domiciliar.
Além disso, os espaços passaram por higienização adequada e todos os alunos terão a temperatura aferida antes de ingressar na instituição. “Os cuidados serão observados na chegada na escola, nos refeitórios e salas de aula, mantendo o distanciamento mínimo entre os alunos, uso de máscara e no máximo 50% de estudantes por classe, sempre nos mesmos grupos para facilitar o rastreamento de contactantes, em caso de caso positivo”, sublinha a gestora.
A retomada às atividades é facultativa às famílias. Se a opção dos pais for de manter os filhos em domicílio, as instruções serão dadas também de forma remota.
Para o retorno, todos os profissionais devem ser testados. Iraci Vasques, secretária de Educação
Sindiserp encaminha mandado de segurança
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bento Gonçalves (Sindiserp) protocolou na segunda-feira, 7 de setembro, um mandado de segurança contra a decisão de retorno dos servidores públicos e dos alunos. Em 24h, o Município deveria juntar documentos acerca dos procedimentos adotados.
De acordo com a entidade de classe, a justificativa do pedido é que “até o presente momento, não houve capacitação sobre a higienização e cuidados básicos contra à Covid-19, assim como não foram disponibilizados equipamentos de proteção individuais e coletivos. Também não se tem a informação sobre o número de servidores que são do grupo de risco e que, por sua vez, não poderão retornar ao trabalho pelo risco iminente de contágio”, afirma em nota.
Ainda, segundo o Sindiserp, foi juntado “um ofício assinado pela Secretária de Educação que afirma que realizaram as medidas”. O Judiciário negou o pedido do Sindicato. Não satisfeita, a entidade encaminhou o pedido ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e Ministério Público. Até o fechamento desta edição, os órgãos não haviam decidido quanto ao recurso.
O que diz a Prefeitura?
Em matéria divulgada na quarta-feira, 9 de setembro, a Prefeitura expõe que “foram comprados EPI’s […], termômetros, tapetes sanitizantes, luvas, propés, aventais, face shield, álcool em gel, sabonete líquido, papel toalha […]”. Além disso, desde o início de julho, foram realizadas diversas capacitações, desde preparação com merendeiras a flexibilização curricular.