Sexta edição da feira realizada pela Vinícola Aurora ocorreu nesta semana, em Pinto Bandeira. Público pode conferir as novidades em soluções para o manejo em todos os ciclos da videira
Durante três dias, de 25 a 27 de maio, associados à Vinícola Aurora e comunidade em geral puderam conferir as novidades do segmento vitícola na 6ª Edição do Vitis Aurora – Mostra de Tecnologia Vitícola, que ocorreu no Centro Tecnológico Vitivinícola da Vinícola Aurora, em Pinto Bandeira. No local, exposição de máquinas, insumos, mudas e ferramentas, com demonstrações técnicas, além de palestras técnicas sobre diferentes assuntos, chamaram a atenção do público.
Em formato de circuito, o evento reuniu cerca de 80 expositores que levaram o que há de novidade e tecnológico no ramo da vitivinicultura. O presidente do Conselho de Administração da Vinícola Aurora, Renê Tonello, ressalta que a feira é um momento muito importante, não somente para o associados, mas, também, para o público de forma geral. “Depois de dois anos sem realizarmos a atividade, tentamos inovar e procuramos no mercado o que tinha de melhor: evolução. Embora sem eventos presenciais neste período, por conta da pandemia de covid-19, as empresas foram se modernizando e, passando pelos estandes, percebemos que tem muita coisa nova em todos os momentos produtivos, desde o plantio da parreira até a etapa final da produção, quando o produto é envasado”, salienta.
Tonello enfatiza que quem ganha com tudo isso é a comunidade. “O que percebemos é que as pessoas, não só do estado como de fora dele, vieram atrás destas novidades para aprimorarem os processos produtivos. Com isso, verificamos que aquilo que nos propomos a fazer está dando resultado”, considera.
Além de Tonello, o vice-presidente do Conselho de Administração, Celito César Bortoli, e o secretário, Ivan Marini, também conferiram as novidades, que estavam expostas em formato de circuito. A visitação começava com as estruturas para construção de vinhedos, passando por viveiros com produção de mudas certificados pelos órgãos oficiais e com demonstração de sistemas de irrigação. Outras soluções para amenizar os impactos das intempéries, como a cobertura plástica de vinhedos e informações sobre seguro agrícola, também compuseram as atrações da amostra.
Uma das iniciativas, presente pela primeira vez na atividade foi o espaço para exposição do artesanato. Segundo o presidente da cooperativa, mulheres associadas e filhas de associados puderam mostrar aos visitantes diferentes itens, como produtos caseiros, sabonetes, peças de crochê, anéis e colares produzidos por elas na Feira do Artesanato. “Nós temos o projeto Mulher Aurora Empreendedora (MAE) e, por meio de um acordo feito entre ele e a nossa associação, de artesanato, conseguimos com que as mulheres participassem desta feira pela primeira vez. Foi um sucesso e tivemos a aceitação delas, pois se sentiram valorizadas e felizes por estarem expondo seus produtos”, considera.
Além das mulheres, os jovens também tiveram papel fundamental. “Fizemos e ainda estamos fazendo um trabalho com eles. Há poucos dias, tivemos a formatura de um grupo, que teve menos oportunidade de estar presente dentro da cooperativa. Eles tiveram mais a questão da formação online e, com a feira, tiveram a possibilidade de entender como funciona toda a cadeia produtiva da cooperativa. Além disso, tivemos muitos alunos, de escolas técnicas da região, que também conheceram as novidades do segmento”, pondera Tonello.
Ao findar a 6ª edição do Vitis Aurora, Tonello avalia, com orgulho, o andamento e a conclusão da feira. “Temos que agradecer a colaboração da prefeitura de Pinto Bandeira, que colocou toda a infraestrutura necessária e a todas as nossas equipes, principalmente a agrícola, toda o grupo de agrônomos, o setor social, de obras, enfim, todos os funcionários tiveram colaboração para que isso fosse um sucesso”, agradece.
Sustentabilidade e valor humano
Apesar de ser uma feira, ela não tem o intuito comercial. “Estamos vendo o lado humano dentro da cooperativa, pois a Aurora está evoluindo bastante na questão social e no cuidado dos aspectos ambientais. Todos os dejetos e efluentes são tratados. Já o bagaço e o engaço são utilizados para fazer ração animal e taninos, respectivamente. Hoje, não jogamos mais nada na natureza e, ainda, se sobrar algum outro dejeto, é encaminhado para alguma empresa que reduz isso a adubo e depois pode voltar para baixo da videira. É um ciclo”, enfatiza.
O presidente do conselho de administração revela que algumas mudanças também estão sendo programadas para os próximos meses. “Estamos acabando de implantar as caldeiras a gás, que vão substituir as à óleo. Além de diminuir o ruído e o barulho, principalmente ao redor da unidade matriz, pois estamos no meio da cidade, elas colaboram com o meio ambiente, pois deixamos de jogar na natureza milhões de gases tóxicos que temos durante o ano por conta do processo de envasamento do nosso produto”, revela.