O Anuário divulgado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) mostra que, após 20 anos após a privatização, a velocidade média do transporte ferroviário é a menor desde 2001: Menos de 10 km/h.
O indicador, tomado por especialistas, como um dos padrões de eficiência do modal, é bastante inferior ao dos Estados Unidos, onde a velocidade média é de 45 km/h. Além de representar cerca de 20% de todos os modais de transporte, o sistema ferroviário brasileiro continua padecendo da falta de investimento nas linhas, na aquisição de locomotivas e vagões e no estrangulamento das vias nos grandes centros urbanos devido à expansão desordenada das cidades, o que obriga as composições a trafegarem com baixa velocidade.
Para especialistas, antes de renovar as concessões das empresas por mais 30 anos, o Governo Federal deveria exigir contrapartidas para melhorar não só a velocidade como também a logística de todo o sistema no país. O estudo da ANTT revela que de 2001 até 2016 a queda na velocidade das composições variou de 5% até a 76%.
A ANUT encaminhou à ANTT um documento mostrando que o primeiro caminhão de carga produzido no mundo foi em 1896 com a velocidade de 30 km/ e com a grande inovação da marcha-a-ré.