Um levantamento recente realizado por uma empresa especializada no setor revelou que o vale-refeição fornecido aos trabalhadores brasileiros ainda é insuficiente para cobrir todas as despesas com alimentação ao longo do mês. De acordo com os dados coletados nos primeiros três meses deste ano, a durabilidade média do benefício se mantém estável em relação ao ano anterior, permanecendo em apenas 11 dias.

Comparado ao período pré-pandemia em 2019, quando a durabilidade média do vale-alimentação era de 18 dias, a situação atual evidencia uma considerável diminuição na capacidade do benefício de sustentar as necessidades alimentares dos trabalhadores ao longo do mês.

Considerando que o vale-alimentação é utilizado para uma refeição em cada dia útil do mês, que geralmente totalizam 22 dias de trabalho, fica evidente que a empresa cobre apenas metade das despesas com alimentação do trabalhador. A outra metade, o trabalhador é obrigado a custear com recursos próprios.

O levantamento também trouxe à tona o valor nominal médio dos benefícios voltados para refeição e alimentação no Brasil, estimado em R$ 480,48 por mês. No entanto, o gasto médio por refeição foi calculado em R$ 51,19, o que sugere uma defasagem significativa entre o valor do benefício e o custo real da alimentação.

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