Insumo desenvolvido pela Universidade de Oxford é uma das esperanças para combater o vírus que já matou mais de 72 mil pessoas somente no Brasil; vacina chinesa inicia testes no Brasil nesta segunda-feira, 20
Resultados preliminares da primeira e segunda etapa de testes realizados na vacina contra o novo coronavírus apresentaram resultados satisfatórios, afirmaram cientistas da Universidade de Oxford, responsável pela produção do insumo. A vacina AstraZeneca não provocou efeitos colaterais graves e desenvolveu imunidade a anticorpos e células do organismo. As informações estão em estudo publicado na revista médica The Lancet. Agora, a terceira etapa, que já está sendo testada em 50 mil pessoas, incluindo cinco mil brasileiros, deverá mostrar o tempo de proteção contra a Covid-19.
Considerada uma das principais vacinas candidatas na luta contra o novo coronavírus, os testes se encaminham para as últimas etapas. A expectativa dos cientistas é que o insumo esteja disponível ao público em até 12 meses, ou seja, ainda em 2020. Normalmente, uma vacina leva, em média, um ano e meio para ter sua aprovação definitiva.
A AstraZeneca assinou acordos com governos de todo o mundo para fornecer a vacina, caso ela se mostre eficaz e obtenha aprovação regulatória. Os testes no Brasil estão sendo realizados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.
Vacina criada na China chega ao Brasil
Além da vacina de Oxford, um insumo chinês chegou ao país nesta segunda-feira, 20, e começará a ser testado em 12 centros de pesquisa espalhados pelo país. No Rio Grande do Sul, o Hospital São Lucas da PUC irá realizar os ensaios clínicos. No total, serão nove mil brasileiros recrutados para receber as doses do produto.
Caso a vacina chinesa tenha eficácia controlada, a tecnologia utilizada no país asiático será transferida para o Brasil. “Se a vacinação se mostrar eficiente, nós vamos ter a disponibilidade da vacina imediatamente. Sessenta milhões de doses estão reservadas para o Brasil, que será suficiente para cobrir as necessidades já previstas. O Ministério da Saúde estabelecerá os critérios nacionais de aplicação da vacina”, afirmou Dimas Covas.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina intitulada de Coronavac apresentou, durante os estudos da primeira e segunda fases, realizados em humanos saudáveis e em animais, segurança e capacidade de provocar resposta imune “favoráveis”.