O efeito da pandemia do coronavírus na economia dos países assusta, mas não deve servir como fator de desestímulo. Pelo contrário. Cada vez mais as lideranças empresariais devem unir esforços e buscar meios para superarem a dificuldade momentânea, mantendo seus negócios em atividade, gerando riquezas para os municípios.
E isso se aplica, sem dúvida, a Bento Gonçalves onde, segundo levantamento feito pelo Jornal Semanário reportado nesta edição, cerca de 2.600 pessoas já teriam perdido seus empregos e quase a metade das empresas, dos mais variados ramos de atividades, implantaram a redução de jornada, e de salários, como forma de fazer frente às dificuldades.
Os problemas, como a redução drástica nas exportações, têm que ser encarados com criatividade e novas formas de fazer negócios devem ser adotadas, aproveitando a tecnologia disponível e que úne vendedores e compradores, estejam eles onde estiverem.
Além do esforço dos patrões, empregados também têm que redobrarem sua dedicação na intenção de salvaguardarem as empresas às quais estão vinculados e das quais obtém o sustento de suas famílias. Trata-se da união de forças, mais do que necessária nesta hora.
Afora isso, também é preciso que dirigentes de entidades de classe, como as que representam as bases econômicas da nossa região, sustentadas pela uva e o vinho, o turismo, a produção de móveis, indústria, comércio e serviços em geral, se mobilizem e alertem as autoridades públicas para a realidade.
E que os políticos de todas as esferas administrativas postulem e encontrem as fórmulas capazes de reverter a atual situação, seja com a injeção de recursos públicos na forma de financiamentos, isenção de tributos, perdão de dívidas e incentivo para manutenção das atividades produtivas.
Ninguém arrisca prever quanto tempo a pandemia vai durar, mas é imprescindível que todos estejam prontos para continuar trabalhando quando ela acabar.