Terminadas as eleições, agora todos podem escrever suas opiniões sem receios da temível Lei da Mordaça que nosso país é acometido nestes períodos. Os governantes, aí entendidos os que também fazem as Leis, acreditam que o mundo gira ao redor de seu umbigo, que eles são o centro do universo, e querem continuar com a antiga forma de pensar onde os governos devem “cuidar da coitada da população” pois, segundo este pensamento, a população não saberia distinguir entre a verdade, a mentira, a desconstrução e a construção.

Pensam, ainda, que todos nós, o povo, não conseguiria ter opinião própria. Por isso, fazem leis que proíbem os meios de comunicação de manifestar sua opinião, comentar. Este é um dos motivos por que o país não avança, pelo paternalismo do governo e, talvez, de muitos cidadãos que querem sempre que o governo ajude. Enquanto esperarmos dos governos que solucionem tudo, não vamos para frente em quase nada.

Bem, isto posto, vejo que nosso Brasil está sangrando. Não é novidade para mim, para você, mas ainda parece que é novidade para muitos. Vejo que nosso país ainda está dividido entre o bem-estar individual e o coletivismo. Explico melhor: os que pensam no bem-estar individual, enxergam que o país está melhor se eu estou melhor. Se eu estiver bem, vamos continuar. Já os do pensamento coletivo, acreditam que um país melhor existiria quando as condições forem melhores para todos, não se preocupando tanto com o “eu individual”.

Penso que, a nível nacional pelo menos, venceu o pensamento individual, aquele que analisa o curto prazo, analisa um mundo ao redor de si, aquele que acredita que o governo deve participar de tudo e da vida de todos, que deve cuidar do leite das crianças até de empresas de petróleo. Este pensamento mágico de que o governo deve ser responsável pela minha vida já foi ultrapassado nos países desenvolvidos. Por aqui, ainda é o predominante.
O Brasil sangra na educação. Sangra na segurança. Sangra na saúde. Sangra na burocracia. Sangra nos impostos. Sangra na corrupção. Sangra no Custo Brasil. Sangra na infraestrutura. Sangra no tamanho do estado na economia. Sangra na representatividade política. Sangra na política internacional. Sangra sem planos futuros. Sangra na Petrobras. Vemos todos os dias cenas de tanques do exército em plenas ruas do Rio de Janeiro. É uma guerra institucionalizada onde quem pode mais chora menos. Aumentou a taxa de juros para 11,25%. Este não era o remédio do “outro”? Três dias depois da eleição, aumentou a taxa que não aumentava desde maio. Por que será?

As coisas boas como o Minha Casa, Minha Vida, as políticas de repartição da renda, o Banco dos BRICS, entre outras poucas, parecem desaparecer quando se olha toda a fotografia dos problemas deste país.

O Brasil do “pra mim está bom, o resto que se exploda” tem que acabar. O Populismo tem que acabar. A reeleição tem que acabar. O pensamento mágico de que o governo tem que ajudar sempre e em tudo tem que acabar. As pesquisas eleitorais precisam acabar. Agora querem acabar com a corrupção aprovando uma lei criando “fundo governamental” onde o dinheiro das campanhas somente seria legal se viesse do Estado. Querem enganar quem? Está bom, vamos criar esta Lei e a corrupção vai desaparecer. Que troço!!!!!! Como pode alguém pensar assim?
O Brasil, em muitos casos, parece que tem corpo de gigante mas pensamentos ultrapassados.
Há esperança? Sempre há.
Abraços e sucesso.