TRANSPARÊNCIA, CADÊ?
Aconteceu em Garibaldi, recentemente, encontro de lideranças políticas e empresariais, ocasião em que secretários estaduais explicaram o plano de concessões de rodovias da região à inciativa privada. Que bom que preocupação com esses lixos – chamados eufemisticamente de “rodovias” – que nos cercam afetam também aqueles que têm o DEVER de resolver os problemas. Mas, mais uma vez, o enfoque dado é equivocado. Ao invés das “autoridades competentes” mostrarem, com TRANSPARÊNCIA, o que é feito com o dinheiro – montanhas – arrecadado com os atuais pedágios, falem de NOVAS CONCESSÕES.

É HORA DO BASTA! OU NÃO?
No encontro de Garibaldi, os presidentes da FAMURS – Prefeito Cetolin, de Garibaldi – e da AMESNE – Prefeito Pasin, de Bento Gonçalves – estavam presentes, como seria óbvio se esperar, já que, além de LÍDERES de entidades de âmbito estadual (FAMURS) e regional (AMESNE), são titulares da administração de municípios diretamente afetados pelo total descaso dos sucessivos governos estaduais. Mas, quando se poderia esperar contundência deles na cobrança de ações do governo estadual no sentido de, no mínimo, recuperar nossas estradinhas, se mostraram favoráveis a novos pedagiamentos. Para eles, a hora do basta! ainda não chegou.

3,3 BILHÕES?
O Secretário Vanuzzi disse que a RSC-287, em Santa Maria, e a ERS-324, em Passo Fundo, estão aptas às concessões de pedagiamentos. Disse que, juntas, poderão arrecadar TRÊS BILHÕES E TREZENTOS MIL REAIS, caso sejam entregues à inciativa privada. Pasmem! A iniciativa privada pode arrecadar essa fortuna, mas a EGR – empresa do ESTADO -, que não visa lucros, poderia arrecadar QUANTO? E poderia investir nas RODOVIAS do Estado e não em bolsos privados. Não seria, pois, de se esperar que cobrassem TRANSPARÊNCIA ao Governo do Estado? Exigir prestação de contas? Quanto é arrecadado nas QUATORZE PRAÇAS DE PEDÁGIO do Estado e ONDE enfiam o dinheiro?

QUANDO SERÁ QUESTIONADO?
Claro que os otários pagadores de impostos e tudo o mais que incide sobre o simples fato de possuir um veículo sabem, muito bem, que sua renda é trucidada. Se paga 42,85% de ICMS sobre combustíveis; se paga IPVA abusivo (comparem com outros Estados); se paga milhões de MULTAS anuais; se paga pedágios em valores inacreditáveis; se paga para estacionar. Meu Deus! E quando as “autoridades competentes” serão questionadas para mostrar o porquê de não termos rodovias SEM BURACOS E CRATERAS, devidamente sinalizadas? Quando darão transparência e nos mostrarão onde enfiam tanto dinheiro que pagamos?

NÃO PENSARAM? ENTÃO, PENSEM!
Não pensaram, ainda, que segurança, educação e saúde, que entendem ser “só do que o Estado deve cuidar”, jamais tiveram qualquer solução? Por que não pensam, também, que a solução poderia ser PRIVATIZAR prefeituras, governos estaduais e federal? Por hora, com o povão acomodado, falam e dizem o que querem. Mas, e se gigante adormecido ACORDAR? Continuarão assim, “tranquilitos”?

O TACCHINI É NOSSO!
Esta semana o Hospital Tacchini reuniu a imprensa, representantes de associações de moradores, da administração municipal e Conselho de Saúde, objetivando realizar uma prestação de contas do exercício de 2018 e do primeiro quadrimestre de 2019. O Tacchini, como hospital filantrópico, tem a obrigação de oferecer aos usuários do SUS 60% de seus serviços. Em 2018, o percentual atingido foi de 61,4%, chegando a 61 milhões de reais aplicados. As receitas do Tacchini obtidas do SUS foram de 39 milhões e o valor dos custos com o SUS foram de 61 milhões. Assim, o Tacchini teve que aportar apreciáveis 22 milhões de recursos próprios.

O TACCHINI É NOSSO II!
Os números, realmente, impressionam! Vejam que do montante recebido do SUS, 39 milhões, 26 milhões vieram do governo federal; 5 milhões do governo do Estado e 7 milhões do governo municipal. Com isso, constata-se que o Tacchini aplicou recursos próprios no atendimento do SUS no valor de 22 milhões, ou seja, 58% dos 39 milhões, para poder bancar os 61 milhões aplicados nos pacientes do SUS. No primeiro quadrimestre de 2019, os custos do atendimento pelo SUS foram de 21 milhões para uma receita de 12 milhões, em valores arredondados e, com isso, o Tacchini precisou aportar 8 milhões em recursos próprios, ou seja, 67% das receitas. O Tacchini merece, pois, todo o reconhecimento da região pela sua atuação.

ÚLTIMAS

Primeira: Devemos parabenizar a administração do Hospital Tacchini, na pessoa de Hilton Mancio; o Conselho de Administração, presidido por Emilio Ristow; os mais de 260 médicos e os mais de 2000 funcionários por tudo o que nos proporcionam. A todos, pois, os cumprimentos da coluna que, certamente, são referendados por todos os beneficiados;

Segunda: Na edição do dia 12 último, no caderno Variedades, um artigo de Dorvalino Sonaglio mereceu nossa atenção. Sob o título “Patrimônio da Humanidade”, ele comenta sobre a ferrovia que liga Bento Gonçalves a Jaboticaba, no Rio das Antas;

Terceira: Assino embaixo do que escreveu Sonaglio. Um patrimônio imensurável está jogado “às traças”, graças ao descaso daqueles que têm o dever de zelar pelo que é do povo e deveria ser preservado;

Quarta: Ele diz que a ferrovia tem potencial turístico “que não se encontra em nenhum lugar do planeta”. Quem a conhece sabe que ele tem razão. Um crime o que fizeram com esse trecho ferroviário, quando da privataria de fhc;

Quinta: Resta saber se alguma “otoridade competente” será sensibilizada, um dia, por esse patrimônio dilapidado pelo descaso, incompetência de governantes;

Sexta: Eles viram, mexem e o alvo a ser saqueado são as pequenas e microempresas. Agora “descobriram” nova “fonte”: Substituição Tributária. Não bastava o inconstitucional Imposto de Fronteira, né?

Sétima: Como? Venderão “mais um pedaço” do Banrisul? Para investimentos, conforme o prometido? Não, claro que não! Será para “custeio da máquina”;

Oitava: Ao Grêmio faltam 34 pontos para fugir do rebaixamento e o Inter dá um calor no Palmeiras, rumo ao título. O Brasileirão promete! E a EXPOBENTO e FENAVINHO, imperdíveis, também!