Na quarta-feira, 5 de fevereiro, uma ação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com o acompanhamento da prefeitura de Bento Gonçalves, identificou trabalhadores indígenas contratados para a safra da uva vivendo em condições precárias de alojamento no bairro Municipal. O grupo, formado por dez pessoas, havia chegado recentemente à cidade e estava hospedado em um espaço pequeno e inadequado, onde alguns dormiam no chão.

Um dos trabalhadores, de 29 anos e natural de Faxinalzinho, relatou que o grupo foi recrutado por intermediários e deveria receber R$ 150 por dia, com alimentação fornecida. No entanto, antes mesmo de iniciarem as atividades na colheita, houve um desentendimento entre os trabalhadores e os contratantes, o que levou à denúncia da situação à Secretaria de Esportes e Desenvolvimento Social (Sedes).

Diante da irregularidade, os trabalhadores foram ouvidos pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e encaminhados temporariamente a uma Casa de Passagem, enquanto as autoridades investigam as responsabilidades pelo caso. A situação reforça a preocupação com a vulnerabilidade de trabalhadores sazonais, especialmente indígenas, que muitas vezes enfrentam condições precárias durante o período da safra.

Em nota, a Prefeitura de Bento Gonçalves afirmou que tem intensificado a fiscalização de pensões e alojamentos para garantir o cumprimento das normas técnicas e legais, evitando o uso irregular desses espaços por empresas terceirizadas. A Secretaria segue auxiliando no encaminhamento dos trabalhadores. Não há informações de pessoas

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