Todos “Petistas”?
Afinal, para que oposição ao Governo Bolsonaro se ele e muitos de seus assessores já fazem o trabalho com rara maestria? Já se passaram sete meses de governo e não há sequer indícios de que o Brasil mudará “isso que está aí”, conforme prometeu em campanha. As mudanças não estão acontecendo. Ou alguém acha que estão? A imprensa está sendo detonada por pessoas antipetistas que, a exemplo dos petistas de antes, a detonavam quando o governo era do PT.
Será?
A Rede Globo era alvo favorito e as revistas Veja, IstoÉ e Época eram “antipetistas”, assim como a Folha de São Paulo, o Estadão e outros meios de comunicação. Pois não é que, agora, por noticiarem as “coisas estranhas” do Bolsonaro passaram a ser “petistas”? Artistas, jornalistas, atletas, escritores, intelectuais passaram a ser “ petistas comunistas inimigos do Bolsonaro”. Mas, por quê? Ninguém, mas ninguém, mesmo, aponta quais são as “notícias falsas” divulgadas pela imprensa. A agora “Globolixo” é exemplo disso. Atacam-na por “calúnia, injúria e difamação”, mas NINGUÉM aponta o que está sendo divulgado que é MENTIRA. Afinal, qual é a diferença do comportamento “petista” de antes e “antipetista” de agora? Será que há, mesmo?
Cercamento Eletrônico
Mais uma vez esse assunto vem a público. No ano passado havia a promessa, envolvendo o governo do Estado e centenas de municípios, de que o tal de “cercamento eletrônico” (sistema de monitoramento por câmeras de última geração, controlado por centrais específicas) deveria funcionar até o final de 2018. Estamos no segundo semestre de 2019 e mais uma reunião no Palácio Piratini tratou do assunto. Mas, como o Prefeito Pasin e o então Secretário da Segurança, José Paulo Marinho já havia anunciado, Bento Gonçalves também teria o sistema disponível. Aliás, em tese, já temos várias câmeras (quantas, mesmo?) funcionando e um central. A quantas anda tudo isso?
Taxa de Juros baixou
Bah! Sensacional! A taxa de juros – a famigerada Selic – baixou de 6,5% ao ano para 6% ao ano. Maravilha!… Não, não é bem assim!
Há que se entender de que se trata. A Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é a taxa básica de juros da economia brasileira. Esta taxa básica é utilizada como referência para o cálculo das demais taxas de juros cobradas pelo mercado e para definição da política monetária praticada pelo Governo Federal do Brasil. Somente as instituições credenciadas no mercado financeiro têm acesso ao SELIC. Este sistema opera basicamente com títulos emitidos pelo Banco Central e pelo Tesouro Nacional, tais como: Letra do Tesouro Nacional e Nota do Tesouro Nacional. Isto posto, o que nós, povo, temos a ver com isso tudo? Vejamos!
Juros irão baixar?
Não, não irão. Desde o famigerado Plano Cruzado (que, na época. mereceu DUAS páginas escritas por mim, no Jornal Semanário) os bancos brasileiros estão deitando e rolando. O spread (diferença dos juros que pagam para os aplicadores e o que cobram de quem pede dinheiro aos bancos) era pequeno e eles ganhavam fortunas graças à inflação da época. A partir de 1986 o Governo autorizou praticamente TUDO aos bancos. Atualmente cobram quando, quanto e pelo que querem aos seus correntistas. Com a Selic a 6,5% desde 2018, eles cobram da pessoa física, em média, 124% ao ano e da pessoa jurídica, 56% ao ano. E tem mais!
Só eles ganham
Se falarmos de outros financiamentos, temos, em média: cartão de crédito: 268% ao ano; cheque especial: 280,92%; desconto de duplicatas: 22,71%; empréstimo pessoal: 53,58% ao ano. Como se vê, a Taxa Selic não é referência a nada para empresas e pessoas físicas. Desde sempre o “sistema” faz o que bem entende no Brasil, sob o olhar complacente das “autoridades competentes”. Houve um tempo em que bancos estatais serviam de parâmetro e regulavam um pouco essas taxas. Atualmente, os bancos privados são os que mandam. A privataria do Banco do Brasil e da Caixa Federal – as “joias da coroa” – é uma questão de tempo. Os riquinhos do mundo são insaciáveis, não?
E por falar em bancos…
Creio que poucos ainda não entenderam a estratégia do “sistema” com relação ao Brasil. A politicagem se encarregou de sucatear ou desvalorizar, de alguma forma, estatais. E o “sistema” está de olho nelas. Banco do Brasil e Caixa Federal demitem funcionários “voluntariamente” ou não e fecham agências e postos em localidades “não lucrativas”, que antes cumpriam o lado social, ou seja, possibilitar o uso de bancos às populações de pequenas localidades e municípios distantes. Só falta sucatearem mais um pouco, desvalorizando adequadamente, e pimba! Privataria neles! O “sistema” não tem pátria, certamente!
Últimas
Primeira: Os mais antigos ou mais estudiosos lembram da frase famosa: “Ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil”. O naturalista francês, Auguste de Saint-Hilaire foi seu autor;
Segunda: Pois já há quem aplique, com variante, a frase às intempestivas falas e frases de Bolsonaro. Todos perguntam, pela manhã, qual será a “tirada do dia”, a ser desmentida à tarde ou à noite;
Terceira: Mas, quem “ousa” colocar tais declarações a público e com o devido contraponto…as sete pragas do Egito se abatem sobre o meio de comunicação ou pessoa;
Quarta: Quando da “privataria tucana”, ministros foram gravados em diálogos altamente suspeitos. Na época, nada foi feito por serem “obtidas ilegalmente”. Não importou o “conteúdo”;
Quinta: Moro, quando juiz, afirmou, justificando ato semelhante, que “o importante é o conteúdo”. Agora, quando ele foi o alvo, houve “ilegalidade”, não importando “o conteúdo”. Interessante, não?
Sexta: A Associação Anjos do Bem realizará no dia 9 de agosto um bingo beneficente, às 19 h, no CTG Laços da Amizade, no Bairro Borgo. Se não puder ir, colabore comprando cartelas a R$ 15,00. As voluntárias e as crianças especiais agradecerão;
Sétima: Dia 26 de agosto o CIC/BG será palco de mais uma reunião-almoço. Desta vez, CLÓVIS TRAMONTINA terá como tema: “Empreendedorismo na Prática – A história e o segredo de uma empresa que empreende há 108 anos”. Imperdível, sem dúvidas!
Oitava: Grêmio e Inter estão nas quartas de finais da Libertadores. Façanha do futebol gaúcho! Passarão? Quem viver, verá!