O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) lançou uma licitação para a aquisição de 9,5 mil canecas térmicas de inox, destinadas a magistrados e servidores. O custo unitário estimado é de R$ 60,63, totalizando R$ 576 mil pelo lote completo.

A licitação prevê que as canecas tenham formato de cuia, capacidade de 350 ml, alça resistente, tampa acrílica com bocal e trava de segurança. Cada unidade será personalizada com o logotipo dos 150 anos do Poder Judiciário do RS, comemorados em 2023, além da marca da Unidade Ambiental do Tribunal de Justiça (Ecojus), que promove práticas sustentáveis.

O prazo para o envio das propostas começou na segunda-feira, 10, e a abertura dos envelopes está programada para o dia 21 de março.

Sustentabilidade como justificativa

O TJ-RS defende que a compra das canecas integra uma política de sustentabilidade da instituição, com o objetivo de reduzir o uso de copos descartáveis. A iniciativa está alinhada a um ato normativo de 2023, que proíbe o uso desses itens internamente, e às diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para minimizar os impactos ambientais do sistema judiciário.

Além do aspecto ecológico, a Corte argumenta que a distribuição das canecas representa um reconhecimento ao trabalho dos servidores e magistrados, reforçando o sentimento de pertencimento dentro do tribunal.

Durabilidade e economia no longo prazo

A desembargadora Márcia Kern, presidente do comitê dos 150 anos do TJ-RS, destacou que mais de 500 empresas foram consultadas para estimar o custo da aquisição. Segundo ela, a escolha pelo inox se deu por sua durabilidade, resistência e impermeabilidade. “Nossa família do Poder Judiciário vai receber uma caneca moderna, durável e funcional, que mantém a temperatura das bebidas sem interferir no sabor”, afirma a magistrada.

Sobre críticas ao custo da licitação, Kern defende que a substituição dos copos descartáveis resultará em economia para os cofres públicos no longo prazo. “O valor inicial da licitação não necessariamente será o valor final. Há casos no Judiciário em que a compra é efetivada por um custo bem inferior ao estimado no edital”, pontua.

Com a medida, o TJ-RS aposta na sustentabilidade e na redução de gastos futuros, enquanto reforça o compromisso com políticas ambientais dentro da instituição.