O ano de 2020 realmente foi muito complicado e, em termos econômicos mundiais, sendo o pior ano depois da grande depressão dos anos 1929, início dos anos 1930, quando o PIB mundial caiu em torno de 15%.
Tudo estava pronto para um ano de 2020 muito positivo aqui e acolá. As previsões eram otimistas no mundo e no Brasil. Só esqueceram de combinar com a China e com o Coronavírus.
Muitas perguntas ainda sem respostas que a ciência ainda está buscando. Além das respostas da medicina, há ainda respostas que o mundo espera sobre a origem do vírus, como ele se propagou, como explicar os números do lado oriental do mundo que são muito menores proporcionalmente que do lado ocidental, houve demora da China em comunicar a gravidade, houve informações escondidas, lockdown funciona ou não funciona, tratamento precoce funciona ou não, quando isso tudo terminará…..
A OMS começou uma inspeção na China para tentar descobrir, de forma imparcial, o que realmente aconteceu. Duvido que seja descoberto algo mais decisivo pois já se passaram mais de 400 dias da origem presumida.
Por aqui, as previsões iniciais davam conta de um PIB positivo em 3 a 4%, passaram para um PIB negativo em 8 a 9% e possivelmente finalizaremos com um crescimento negativo em 4,5%, menor do que o previsto por alguns no começo da pandemia mas ainda negativo.
Conforme o gráfico acima, no Brasil, o setor de serviços foi o mais afetado principalmente pelos serviços hoteleiros, bares e restaurantes, eventos e entretenimento. A indústria se recuperou e o comércio teve uma melhora significativa a partir de junho mais pelo incremento das vendas via internet.
O consumo foi puxado especialmente pelo AUXÍLIO EMERGENCIAL que colocou na economia algo em torno de R$ 300 bilhões e houve a liberação de saques do FGTS. Segundo a consultoria 4E, ainda haverá queda efetiva de renda na ordem de 4,9% mas se não fossem essas medidas do governo federal, a queda de renda seria de 12,6%.
“Para as famílias mais pobres, o Auxílio Emergencial triplica a renda e valeu para intensificar compras no mercado” afirmou André Braz, da FGV.
Podemos ver um aumento de inflação de curto prazo? Sim, mas ainda nesse ano esse descompasso será minimizado pela renda da população que continua limitada.
Como o Auxílio Emergencial, houve aumento da demanda em vários setores e a indústria não conseguiu acompanhar esse crescimento no mesmo ritmo, causando desabastecimento em vários itens, ainda sentidos atualmente.
O ano fechou com melhora no emprego no país em 142.000 postos. Vamos ver se isso continua nesses primeiros meses de 2021.
A vacina chegou e com ela muita esperança. Esperamos que os governos saibam como lidar com ela e que não se coloque os pés pelas mãos como muitas vezes acontece na esfera política desse país.
Reformas tributária e política são imprescindíveis. A dívida pública cresceu enormemente para 91% do PIB e tende a passar de 100% nesse ano.
Mesmo assim, o brasileiro é batalhador e seguirá firme em frente.
No ano de 2020 tiraram tudo de nós, menos a fé.
Pense nisso e sucesso.