Era para o mundo ter explodido ainda em dezembro de 2012, de acordo com a sétima profecia Maia, que previa cair sobre a Terra uma luz vinda do centro da Galáxia, provocando um caos total.
Felizmente, só outro “fake” apocalíptico. Não viramos poeira cósmica nem nada. Se bem que explosões solares de grande magnitude aconteceram e ainda acontecem. Parece que o sol não se aguenta mais e anda cuspindo fogo especialmente nas bandas do sul.
O mar também não está pra peixe. Ondas gigantes engolem regiões costeiras… Vulcões vomitam lavas e cinzas… Tremores chacoalham cidades… Rios e ruas se confundem a cada aguaceiro…
Deslizamentos varrem encostas e morros… Ondas de calor fritam, e ondas de frio congelam.
Mas o mundo continua andando – aos trancos e solavancos, é bem verdade. Já sobreviveu aos vaticínios de muitos profetas, inclusive de Nostradamus, que previu a III e IV guerras mundiais antes da virada do milênio; sobreviveu ao “Trem das Sete” de Raul Seixas, que “fumegando, apitando…” e “trazendo as cinzas do velho néon”, fez mais sorrir do que chorar, e está sobrevivendo à profecia de Napoleão Bonnaparte que, há duzentos anos, disse: “Deixem a China dormir, porque, quando ela acordar, o mundo vai estremecer”…
Pensando bem, será que o mundo não está estremecendo com o rugido do Tigre Asiático? Ou foi apenas um bocejo? O certo é que ele andou assustando até a “maçã” mais poderosa da Terra, que levou um baque em suas ações na Bolsa de Valores. Não é para menos! A perda de cinquenta e seis bilhões de dólares mexeria com qualquer megaempresa, não só com a Apple. E nós com isso?
Olhemos ao redor. A China está presente no cotidiano de quase todos.
Enfim, esta turbulência pode exigir mudanças no comportamento humano, como o despertar de uma consciência universal, amparada no respeito pela natureza, da qual fazemos parte, que promoverá uma relação fraterna e amigável entre todos os seres.
Esta expectativa a gente carrega para mais perto e de uma forma mais prática. Espera-se, por aqui, um recomeço que vá “desamarrar, simplificar, desburocratizar, quebrar paradigmas…”, onde “todos possam crescer, criar e construir o seu futuro”, sempre com respeito à “liberdade de fazer, formar e ter opinião, liberdade de escolhas e ser respeitado por elas”.
Mas, pelo sim, pelo não, é bom a gente olhar para o alto de vez em quando. Se o céu estiver “carregado e rajado, suspenso no ar”, é o sinal. E se “entre trombetas, anjos e guardiões…” “deslizando no céu entre brumas de mil megatons”, não tenhamos dúvidas. É “o mal, de braços e abraços com o bem num romance astral”.
Tchê! Fiquei maluca beleza, Raul!