“É lindo ver o mundo se tornar digital, mas todos nós precisamos vigiar para que ele nunca deixe de ser humano e pessoal.” Essa foi a mensagem de um filme publicitário de final de ano produzido por uma organização financeira em 2016. O conteúdo desse filme, com pouco mais de dois minutos, e ainda muito atual, resume de forma brilhante tudo o que está acontecendo dentro desse mundo on-line em que estamos mergulhados. Expõe a importância das conquistas tecnológicas que surgem cada vez mais rápido, trazendo evolução, facilidades e até mesmo a cura. E, no contraponto, a falta de medida desse avanço, em que o benéfico passa a ser destrutivo se analisado do ponto de vista das relações humanas.
Mesmo que alguns mais radicais alimentem correntes defendendo o término das relações interpessoais em prol das robotizadas, tecnologia alguma vai acabar com isso, nem agora nem no futuro. Estamos falando da raça humana, aquela que busca e depende do contato, da troca e da interação com o seu semelhante em todos os âmbitos da sua vida. Mas a escolha é de cada um…
Mas liberdade que ainda se preserva na vida pessoal segue em decadência quando tratamos da relação com o consumidor ou do atendimento prestado a clientes. Do ponto de vista de algumas empresas, a impressão que se tem é que não somente somos atendidos por um robô, mas que também, enquanto clientes, não passamos também de um robô. Nessa realidade, somos tratados como números de protocolos, como mais um CPF igual a tantos outros que recebem um atendimento sem qualquer personalização. É neste ponto que devemos ter a tecnologia como aliada, trabalhando por todos nós e nunca contra nós.