Apesar da aprovação em primeiro turino na Câmara dos Deputados da proposta que traz de volta a possibilidade das coligações partidárias, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que a proposta é um “retrocesso” para o processo eleitoral brasileiro. A afirmação foi dada na quinta-feira, 12, indicando uma possível rejeição quando a matéria for levada para votação.
Segundo Pacheco, a tendência é de que o senado mantenha as regras aprovadas na reforma política em 2017, que eliminou a possibilidade de coligações para eleições aos cargos de deputados e vereadores. De acordo com a nova Proposta de Emenda à Constituição (PEC), essa possibilidade já poderia voltar nas eleições do ano que vem. Para valer, a PEC precisa passar em dois turnos na Câmara dos Deputados e depois ser levada ao Congresso Nacional. “Eu mantenho minha posição pessoal. Eu considero, sim, que é um retrocesso. Nós fizemos uma opção inteligente em 2017, e um dos itens é justamente o fim das coligações e, com a cláusula de desempenho, fará com que nós tenhamos menos partidos políticos e uma melhor representatividade na política”, disse o Pacheco.
Além da possibilidade de retorno das coligações, a proposta permitia o chamado “distritão”. Essa modalidade foi considerada pelos deputados uma maneira de barrar novas candidaturas e deixar que candidatos já conhecidos do eleitor fossem eleitos.