A globalização não é um fenômeno tão recente mas se desenvolveu enormemente a partir dos anos 1980, principalmente na década de 1990 e é entendida como o movimento dos fatores de produção (empresas) ao redor do mundo buscando sempre o desenvolvimento das sociedades através de produtos e serviços que atendam às demandas de uma população em crescimento, fontes alternativas de energia e consumo de produtos mais baratos.
Após a globalização nas empresas, o conceito se expandiu e passou a contemplar muitas áreas como globalização do conhecimento, do meio ambiente, dos conceitos, da economia. Os movimentos foram marcados, essencialmente, por investimentos dos Estados Unidos e da Europa, maiores regiões econômicas do mundo à época (e ainda hoje), na China, com abertura daquele país ao ocidente. O mundo buscou mão de obra mais barata, conseguiu, e isso fez aumentar cada vez mais os investimentos e os produtos ficaram realmente mais baratos.
Dois dos principais efeitos decorrentes desse movimento estratégico foi que a inflação nos preços mundiais foi mais reduzida pela produção mais barata e a China começou a crescer enormemente com fábricas e mais fábricas dos mais diversos produtos. Como a economia lá é controlada pelo governo ( Partido Comunista ), todos os fatores de produção são controlados. Como nação, a qualidade de vida do povo melhorou e as empresas chinesas começaram a competir internacionalmente. O país cresceu e hoje se tornou o segundo maior país do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Hoje, 3 grandes blocos econômicos representam em torno de 75% do PIB ( produção ) mundial: Estados Unidos ( 25% ), União Europeia ( 27 países, 25% ) e China/Japão (25%). A China, sozinha, representa em torno de 18% do que é produzido no mundo. Os outros 170 países representam os outros 25% da produção mundial.
Esses últimos 30 anos mudaram muito esse mapa mundial da produção e, com isso, o poder mundial também mudou um pouco de direção. Quem não aparecia em quase nada como a China, agora passou a figurar em qualquer debate econômico e geopolítico. Para crescer, esse país precisa vender seus produtos no mundo pois o mercado interno, mesmo com quase 1,4 bilhão de pessoas, não tem capacidade de consumir toda a produção pelo médio-baixo poder aquisitivo da população.
Para fortalecimento dos países, outro movimento mundial acabou acontecendo, o da formação de blocos econômicos, onde os países se reúnem em blocos para facilitar o trâmite de bens e serviços entre eles e competir mais fortemente no cenário mundial. ALCA ( Eua, Canadá, México ), União Européria ( 27 países europeus ) e Mercosul ( Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai ) são exemplos desses movimentos estratégicos e são importantes para o fortalecimento individual.
No cenário internacional, a competitividade entre países é marcada pela força que as EMPRESAS desses países possuem em competir com outras empresas internacionais para vender seus produtos. Alguns países são mais conhecidos por venderem produtos manufaturados e outros por produtos mais primários, principalmente a nível de agricultura e pecuária.
A China cresceu e expandiu seus tentáculos no mundo todo e sua centralização econômica no partido comunista ajudou a manter concentrado o poder geopolítico. Hoje a China influencia o mundo todo e até está “brigando” com os EUA objetivando maior poder político e mundial.
A China compra do Brasil basicamente produtos agropecuários, produtos básicos portanto. Para nosso país se desenvolver em maior escala, exportar produtos manufaturados e serviços deveria ser incentivado por todos os governos. Para isso, EUA e Europa são fundamentais para esse crescimento do nosso país pois esses tem capacidade de comprar produtos de maior valor agregado.
Brigar com os Estados Unidos e União Europeia (27 países) como parece ter sido uma das frases do atual governo federal nessa semana de que “se a Europa não quer, tem quem quer”, referindo-se ao buscado acordo Mercosul/União Europeia, mesmo talvez podendo ser estratégia de pressão, parece não ser um caminho salutar para nosso país no futuro.
Tomara que o governo federal entenda de uma vez por todas que países LIVRES é o único caminho para um futuro mais estável econômica e politicamente.
Pense nisso e sucesso.