Na semana em que se celebra o Dia Mundial de Combate à Hanseníase, nesta quinta-feira, 29 de janeiro, a Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS) alerta para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado da doença. Em 2014, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), registrou um total de 287 casos no Rio Grande do Sul.
De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, Angela Machado, a doença ainda não está eliminada em razão de fatores como preconceito, abandono de tratamento e mesmo a falta de diagnóstico precoce. Segundo ela, o diagnóstico é principalmente clínico, baseado em testes de sensibilidade, o que pode ser feito por médico de qualquer especialidade.
A doença é considerada endêmica no Brasil, com maior incidência em cinco estados: Pará, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso e Goiás. Em 2013 houve 1,42 casos por 10 mil habitantes. Em 2014 (dados, preliminares), foram 1,56 casos por 10 mil habitantes.
O Ministério da Saúde considera que este aumento significa que está havendo mais eficácia nos diagnósticos e também no encaminhamento do paciente para tratamento e investigação de possíveis casos no ambiente familiar. A taxa de prevalência de hanseníase caiu 68% nos últimos dez anos no Brasil. Em 2003 eram 4,52 por 10 mil habitantes.
A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo principal agente etiológico é o Mycobacterium leaprae. A doença é transmitida de uma pessoa doente que não esteja em tratamento para uma pessoa saudável suscetível. A hanseníase tem cura, mas pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou o tratamento não for realizado adequadamente, pelo período preconizado, já que atinge pele e nervos.
Os sinais e sintomas mais frequentes de hanseníase são manchas e áreas da pele com diminuição de sensibilidade térmica (ao calor e ao frio), ao tato e à dor, que podem estar em qualquer parte do corpo, principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas.