O itinerário religioso de nossa comunidade conheceu o suor, a coragem, o dinamismo, a fé de uma piedade de homens e mulheres que aqui souberam, dentro de suas limitações, dar tudo de si para construção de suas famílias e as comunidades.

“A história é fruto de muita fé e esperança. Nesta história há muito trabalho, suor, cansaço, luta, fracasso, testemunho, santidade, colaboração, missão humana de cada leigo cristão consciente de sua dignidade e compromisso.”

Todos, em datas diferentes, tem o seu papel importante na caminhada histórica. Em fevereiro de 1928 chega o sétimo vigário, o Padre Antônio Zottera. Construiu a torre da Igreja em 1933. Por ocasião do 50º aniversário da Paróquia em 1934, obtém o Decreto de elevação da Matriz para Santuário Diocesano de Santo Antônio. Em 1935 fundou o Círculo Operário. Em 1940 celebra o primeiro Congresso Eucarístico Municipal. Ajuda a construir o Colégio Medianeira. E neste ano o pedido dele, vieram os Irmãos Maristas, Colégio Nossa Senhora Aparecida. Em 1942, Pe. Antônio Zottera é Sagrado Bispo de Pelotas.

Em 1972, por lei do Executivo, aprovada pelo Legislativo, o dia 13 de junho passou a ser feriado municipal.
No nosso município de Bento Gonçalves, a devoção a Santo Antônio é revivida a mais de 100 anos e a fé, expressão máxima do imigrante, é manifestada não só pelo Templo mais antigo da região, mas pela consagração popular, especialmente evidenciada nas festas a Ele dedicadas, as quais continuam a se perpetuar, numa transmissão do sentimento dos antepassados à nova geração.

Quem conhece a fundo a religiosidade do nosso povo não se espanta do fervor de sua devoção e do seu culto. A religião sempre a grande força que guiou o seu espírito nas várias dificuldades. E assim comprometido com essa fé, advém o desenvolvimento social e econômico que contribuiu para o progresso desta nova Pátria de adoção.

Aos sábados à tarde e especialmente aos domingos se juntavam e colocavam ao redor de uma árvore, o Santo de sua devoção. Ali estruturavam a sua igreja.
Nas comemorações do Centenário da Imigração Italiana, no Rio Grande do Sul, foi colocado defronte a Igreja, o monumento “A CRUZINHA” cujas inscrições são:

“ABBI UN PENSIER D’AMORE
PER QUESTI OSCURI EROI
CHE GIACHERO TRAVOLTI
NEL FARE STRADA A NOI”

“TENHA UM PENSAMENTO DE AMOR
PARA ESSES HERÓIS ANÔNIMOS
QUE TOMABARAM, EMPENHADOS
EM ABRIR ESTRADAS PARA NÓS”.

Que a lembrança de fé de Santo Antônio nos faça reconhecer os valores de nossos antepassados…