Santa Tereza não é conhecida apenas pelas belezas naturais, mas por ser considerada o berço da canoagem no Rio Grande do Sul. Responsável por desenvolver o esporte no município, a Associação Santa Terezense de Canoagem (Astecan), foi fundada em três de novembro de 1994, no município.
O objetivo da criação é a prática, o estímulo e o desenvolvimento da canoagem, promovendo cursos, treinamentos e competições em todas as categorias. Além de promover o esporte dentro de padrões competitivos internacionais e contribuir na divulgação de rios e regiões.
O treinador da equipe, Vinicius Lorenzi Vila, 25 anos, conta que o time já participou de diversos campeonatos regionais, gaúchos. Contudo, já foram muito além e marcaram presença até em “mundial, inclusive temos atletas olímpicos aqui, descrito na história. A Astecan já teve pessoas convocados para a seleção brasileira, com passagem pelo mundial e sul americano de canoagem”, orgulha-se.
Quando o assunto são as medalhas, a conta já foi até perdida. “De campeonato brasileiro já são mais de cem. De regional, a gente nem tem ideia mais. Em campeonato gaúcho também são mais de cem, até hoje”, afirma.
Dificuldades impostas pela pandemia
Com o isolamento social, medida de prevenção contra a pandemia do coronavírus, os cerca de 15 integrantes estão sem treinar desde dezembro de 2020. Contudo, a expectativa é que em breve retorne. “Já saiu a licitação da prefeitura, que contrata minha empresa para trabalhar no pleito anual, então a canoagem vai retornar em breve”, comemora o treinador.
Durante o ano passado, segundo Vila, foi possível realizar os treinamentos de forma tranquila, com exceção dos momentos e que a região estava em bandeira preta. Contudo, algumas medidas foram adotadas, para não gerar aglomeração. “Separamos e atendemos em turmas divididas. Também cortamos algumas atividades, como treino de k2, que é um barco em dupla, então ficou só o individual”, relata.
Outra consequência da pandemia foi a perda de atletas. “A situação assustou muito, então perdemos bastante alunos. Como não tínhamos mais os campeonatos, eles ficaram sem nortes, perdidos, alguns desanimaram, o que é da própria fase, da adolescência. Creio que ao retornar, vai ser bem bom, um período bem essencial para a própria saúde das crianças”, destaca.
Quero participar, posso?
Os pré-requisitos para começar a remar é ter no mínimo cinco anos. Não há limite máximo de idade. Entretanto, um fator muito levado em conta, de acordo com Vila é a dedicação aos estudos. “Cobramos bastante o colégio, as notas sempre em dia. Temos contato direto com as professoras e diretoras. A gente faz esse acompanhamento”, explica.