Moradores unidos em prol de melhorias fazem do local um bom lugar para se viver
Santa Helena é um bairro jovem, que teve um crescimento rápido e contínuo. Por conta disso, oferece diversos serviços aos seus moradores, sejam eles creches, escolas, mercado, entre outros. Além disso, a comunidade é presente, principalmente quando se trata da Associação de Moradores, onde ocorrem as promoções para manter o caixa.
Associação de Moradores e as promoções
O responsável pela associação, o presidente Enoar Brino, conta que é por meio de eventos realizados que eles conseguem arrecadar os valores para as melhorias necessárias. “Esse ano, muitos programações serão feitas. No último sábado, por exemplo, tivemos um jantar italiano, que foi um sucesso. Repercutiu muito pela cidade, veio uma banda de Toledo, no Paraná, e a casa estava cheia. Se tivesse mais espaço, teríamos ainda mais pessoas”, comenta.
Além disso, ele explica que isso só é possível com a ajuda de todos “A comunidade ajuda muito, não posso reclamar, a diretoria sempre está presente e a ajuda é voluntária. Eles também aderem aos eventos, as nossas promoções são de casa cheia. Claro, temos um espaço privilegiado, estacionamento e um bom acesso. Sem falar da comida que é sempre só elogios”, frisa.
Brino enfatiza que o calendário já está cheio para os próximos meses, pois o salão também recebe algumas festas de igrejas da comunidade e região. “Neste mês terá a promoção de abertura de festa de Cristo Rei, no dia 28, depois em agosto teremos a festa de Santa Helena e em outubro o Festival do Chopp. E, claro, outras promoções pequenas que vão ser realizadas em novembro”, revela.
O que precisa melhorar
Apesar de a Associação ser bem forte e contribuir muito para as melhorias do bairro, Brino comenta que há necessidades que fazem parte da localidade há muito tempo, como, por exemplo, a praça do bairro que está sendo prometida. Na última vez que o Semanário esteve no Santa Helena, esta foi uma reclamação recorrente dos moradores, anos depois, ainda segue sendo. “Sinto que o que falta aqui é um pouco do olhar do poder público, não dá para dizer que estamos abandonados, mas ainda faltam algumas coisas. O nosso maior pedido, agora, é a praça. Estamos há alguns anos já neste embate, batalhando por este espaço de lazer, é um bairro grande, ele merece uma”, lamenta.
Fora que também os terrenos de área verde estão sem os devidos calçamentos para a rua, isso tem prejudicado o trânsito de pessoas. “A calçada que não existe, faz parte da área verde da Prefeitura. Por isso que a obrigação é deles, a área verde não é nossa. Então nós temos que ter calçamento, e é justamente em locais que tem muito fluxo de pessoas e também de crianças porque o colégio está bem pertinho dessas áreas”, salienta.
Saúde pública é fundamental
Carmen Lúcia Rossini é aposentada e já morou em outras localidades antes de ir para o Santa Helena, e é como se tivesse se encontrado por lá. “O bairro é ótimo, não troco por nada, é um local bom, calmo, um lugar que a gente se sente seguro para morar. Tem pessoas maravilhosas que me dou bem, realmente gosto de morar aqui. Saio pouco de casa devido ao meu problema de saúde, mas ainda sim gosto muito daqui”, explica.
Ela tem um problema na coluna e também diabetes, isso afeta bastante a sua mobilidade, por conta disso, revela não participar das festas da comunidade, apesar de ouvir sempre falar bem. “Acabo não comparecendo às festas por causa da saúde, tenho crises de coluna, então há algumas limitações, não posso dançar e como sou diabética minha comida é restrita. Inclusive, sou meio proibida de subir escadas e poder caminhar muito, por isso não tenho participado, mas tenho muita vontade porque o pessoal comenta que são maravilhosas”, conta.
Por conta das limitações de saúde, Carmen utiliza muito o posto de saúde que fica no bairro. “Uso muito o postinho de saúde do Santa Helena, é maravilhoso. Deixei o plano de saúde, já que sempre fui muito bem atendida no Sistema Único de Saúde (SUS) e no postinho”, diz.
Graças ao bom atendimento, ela explica que nada lhe falta e sempre recebe tudo em dia e gratuitamente. “As funcionárias do postinho são ótimas e as agentes de saúde que vão nas casas, também só posso elogiar. Uso muitos remédios, todos gratuitos. Faço três insulinas por dia, nunca fiquei sem. Ganhei aparelho para ver a glicose, as fitinhas, agulhas, ganho tudo”, finaliza.
Vendo o bairro crescer
Vivaldino Babinot viu o bairro crescer. Chegou há mais de 30 anos na comunidade, quando ela sequer existia direito, e foi gostando cada vez mais. “Moro aqui há mais de três décadas e gosto de viver aqui, acho um local seguro, por enquanto. Aqui encontramos muitas pessoas que vieram do interior, um povo muito trabalhador e é bom tê-los como vizinhos”, enaltece.
Sobre as festas, ele sofre de condições parecidas com as de Carmen, pela saúde acaba não podendo estar sempre presente. “De vez em quando, mando um oi para todo mundo e participo das festas. Mas como não ando bem de saúde, não tenho ido. Antes adorava participar, sempre muito boas as festas que ocorrem lá”, opina.
Ele se recorda que ao chegar no bairro, pouco tinha por lá, e foi vendo o crescimento ocorrer. “Quando cheguei aqui só tinha a casa na frente, e aqui desenvolveu muito rápido. Lá para cima da rua era só mato, deixei de comprar na época porque não tinha nada e hoje lá é cheio e bonito”, rememora.
Escola da comunidade
O bairro conta com a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Santa Helena, que necessitou de ampliação. O número de alunos começou a aumentar conforme o local ia se desenvolvendo. Hoje em dia, a instituição de ensino, que atende da educação infantil ao 9º ano, conta com 500 estudantes.
Andreia Carniel Foppa é atual diretora do colégio e conta sobre como a comunidade faz parte. “Nós fazemos atividades que reúnem toda a família e bairro. Mês passado foi a Festa Junina, então, utilizamos o ginásio por causa do espaço. Em setembro pretendemos realizar uma mateada envolvendo os pais da comunidade”, enfatiza.
Ela complementa enfatizando a dimensão que isso traz. “A importância destes eventos é trazer os pais para a escola, deles participarem, utilizarmos os espaços do educandário. Não só chamar eles quando há problemas, mas que eles saibam o que está acontecendo na escola ao participar destas festas. Nós reunimos um número bem grande de pessoas, nesta última foram em torno de mil”, revela.
Além do mais, conta que os moradores do bairro participam e apreciam estes eventos, tornando-se um lazer a mais encontrado no bairro. “A escola está inserida em uma comunidade muito boa, de um pessoal que colabora, participa para tudo que a gente chama. Os pais sempre muito educados e as nossas crianças e adolescentes também”, explica.
A escola sempre tenta atender da melhor forma todos os alunos que ali recebe, por isso, se preocupa com o rendimento das crianças. “Após a pandemia muitos estudantes ficaram com defasagens, então ela foi muito prejudicial. Na escola nós temos alunos que não foram tão afetados, e alguns que foram mais. Para isso, fazemos um acompanhamento direto com as famílias e também há reforço para estas crianças”, garante.
Ela elogia os alunos que frequentam a escola, bem como a educação que carregam dos pais. “Costumamos dizer que nenhum deles faz nada fora do normal que é esperado da idade. A gente conversa e consegue resolver tudo tranquilamente”, finaliza.