Na madrugada desta sexta-feira, 11 de março, a Rússia comandou outros dois bombardeios a cidades ucranianas. Os alvos desta vez foram Dnipro e Lutsk, que ficam no extremo sul e oeste do país. Alguns dos ataques atingiram áreas civis, de acordo com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. No momento, o cerco russo segue pelo 16º dia consecutivo, desde 24 de fevereiro, mantendo como alvo principal a capital, Kiev.
Esses recentes ataques fizeram Zelensky ir às redes sociais para fazer novos comunicados. Em um deles, o presidente menciona que a frente russa já matou mais civis do que militares, até o momento. A principal crítica, porém, foi a que ele fez em relação a motivação do presidente russo, Vladimir Putin, que justifica as ações militares para desativar armamento nuclear ucraniano. Toda via, Zelensky nega possuir qualquer força de destruição maciça e diz que a Rússia sofrerá novas sanções caso siga com a invasão.
Nesta quinta-feira, 10, Moscou, a capital da Rússia, convocou uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir a suposta atividade norte-americana em território ucraniano. Os russos acreditam que os Estados Unidos estão envolvidos em armas biológicas no país invadido. Porém, a Casa Branca nega quaisquer envolvimento deste tipo.
Cerco e fome
Enquanto novos alvos são estipulados, outros seguem por mais de uma semana sob ataque constante, como é o caso de Mariupol, que há nove nove dias sofre com bombardeios. Autoridades ucranianas informaram que centenas de milhares de pessoas estão presas na cidade, sem perspectiva de conseguir fugir.
Segundo informações, existem mais de 400 mil cidadãos cercados pelas forças russas em Mariupol, sem ter acesso a água ou aquecimento apropriado no local onde à noite faz -5ºC. Equipes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), que estão prestando auxílio, dizem que as pessoas por lá estão brigando entre si por comida e roubam combustível dos carros alheios. Todas lojas e farmácias também já foram saqueadas e alguns indivíduos começaram a ficar doentes pelas condições precárias.
Fotos: Reuters