Não é pegadinha de 1º de abril: a partir desta quinta-feira, o preço dos medicamentos no Brasil sofrerá aumento de até 10,08% (nível um), conforme definiu a Câmara do Mercado de Medicamentos. A resolução estabelece três níveis de aumento nos valores: 8,44% (nível dois) e 6,79% (nível três), que variam conforme a classe terapêutica dos medicamentos.
O reajuste mais alto contempla grande parte dos medicamentos genéricos. Apesar disso, como a concorrência é maior nesta classe, muitas vezes o aumento não se aplica na íntegra. Em alguns casos, dependendo da reposição e das estratégias comerciais, os reajustes demoram meses ou, em alguns casos, nem se concretizam.
Conforme a Câmara do Mercado de Medicamentos, o reajuste ocorre todos os anos no final de março. Porém, em 2020, o aumento foi adiado por causa da pandemia do novo coronavírus. De acordo com Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), recomposição dos preços dos medicamentos ocorre para compensar custos que já foram absorvidos pela indústria farmacêutica no país. “Com o objetivo de manter o equilíbrio econômico-financeiro e a competitividade do setor e, principalmente, assegurar o abastecimento normal de produtos básicos e fundamentais para a saúde e o bem-estar da população”, afirma em nota da entidade.
A lei prevê reajuste anual dos preços, com aplicação de um índice geral de preços, um fator de produtividade (X) e dois fatores de ajustes de preços, um entre setores (Y) e o outro intrassetorial (Z).