Os vírus Influenza circulam mundialmente, como surto localizado ou regional, causando epidemias e pandemias (“Gripe Espanhola”/1918 e “”Influenza Pandêmica”/2009). A principal estratégia adotada pelo MS para o monitoramento dos vírus Influenza tem sido a vigilância dos doentes com SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave). O objetivo é o de monitorar a circulação dos vírus Influenza e reduzir sua morbimortalidade, através da recomendação de medidas preventivas e da assistência adequada aos indivíduos doentes.
Rio Grande do Sul
No RS, foram investigados 2.897 casos de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre janeiro até 17 de junho de 2016 (dados da SES RS). Do total de pacientes cujas amostras já foram processadas pelo Laboratório Central (LACEN), 814 (34,7%) foram confirmados como tendo sido infectados pelo vírus Influenza.
O diagnóstico viral é realizado através da técnica de RT-PCR em tempo real em amostras de aspirado nasofaríngeo (ANF), no laboratório LACEN, em Porto Alegre.
Das 814 amostras positivas para vírus influenza, em 750 (92,2%) foi subtipado o vírus influenza A H1N1 pdm 2009.
Entre os casos com Síndrome Respiratória Aguda Grave (todas as etiologias), 285 morreram devido às complicações da doença.
O vírus Influenza A H1N1 pdm 2009 foi implicado como o agente envolvido em 127 óbitos (44,5%).
Após o término da campanha estadual de vacinação contra influenza que ocorreu entre 25 de abril a 20 de maio, vem se observando uma tendência de redução no número de casos confirmados de influenza no RS. Isso pode ser atribuído a imunidade da vacina, que impactou sobre a circulação do vírus influenza.
Em 2015 foram investigados 88 doentes com gripe no estado, havendo apenas 1 caso de influenza A H1N1 confirmado. A grande maioria dos casos resultou positiva para vírus Influenza A e B sazonais (88,7%).
Bento Gonçalves
Em Bento Gonçalves, a atividade dos vírus Influenza A H1N1 foi detectada, pela primeira vez, no ano de 2009, durante a pandemia da gripe. Neste ano, foram investigados 368 pacientes com sintomas de gripe, dos quais apenas 17 haviam sido infectados pela cepa pandêmica.
Após a pandemia de 2009, o vírus só voltou a ser detectado no município em 2013 (2 casos) e, novamente, em 2014 (1 caso).
No ano de 2016, a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde investigou 13 doentes residentes com Síndrome Respiratória Aguda Grave, notificados até 21 de junho.
A Tabela 1 mostra o número de casos de SRAG residentes e investigados pela Vigilância Epidemiológica entre 2009 e 2016, de acordo com o resultado laboratorial da técnica RT-PCR em tempo real para vírus Influenza.
Tópicos sobre a Gripe
Devido aos sintomas da gripe serem comuns a diversos agentes virais e bacterianos, é impossível dizer, apenas pela avaliação do quadro clínico, que uma pessoa gripada tenha sido infectada pelo vírus Influenza sazonal, pelo sorotipo A H1N1 pdm2009, ou por qualquer outro tipo de vírus ou bactéria.
Todas as pessoas que procuram assistência médica nos serviços de saúde com sintomas de gripe devem ser orientadas sobre as principais medidas protetivas: utilizar lenços descartáveis para higiene nasal, cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir, higienizar as mãos após tossir ou espirrar, evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca, não partilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal, ventilar os ambientes, evitar aperto de mãos, abraços e beijo social e reduzir contatos sociais desnecessários evitando ambientes com aglomeração e visitas a hospitais.
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