início do inquérito sobre o concurso público realizado em novembro de 2014 na Câmara de Vereadores, a investigação ganhou continuidade nesta semana. O processo, que corria em paralelo às investigações do concurso da Prefeitura, por ter sido realizado pela mesma empresa acusada de fraudar os resultados, iniciou fase de oitivas, após autorização da juíza Fernanda Ghiringhelli de Azevedo para utilização de provas recolhidas durante a Operação Cobertura.
O promotor da Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre, Mauro Rockenbach, começou a ouvir na quarta-feira, 13, as testemunhas que podem ajudar a descobrir se houve, ou não, irregularidades no certame. As oitivas acontecem na sede do Ministério Público (MP) de Bento Gonçalves.
Por razões de segurança e sigilo processual, a Promotoria não divulgou quem seriam as testemunhas ouvidas no decorrer da semana. No dia 23 de março, foi aberto um Processo Investigatório Criminal (PIC), para apurar irregularidades no concurso da Câmara de Vereadores. Isso porque durante os trabalhos de investigação de possíveis fraudes no concurso da prefeitura de Bento Gonçalves, o MP encontrou documentos e interceptou gravações telefônicas que colocam em suspeita a regularidade do concurso do Legislativo. Com base nisso, o promotor Rockenbach, ao fazer a entrega da denúncia do inquérito da Operação Cobertura, solicitou à magistrada que incluísse as provas no inquérito, possibilitando assim a abertura do processo na área criminal. A expectativa é que a investigação esteja concluída até o início do segundo semestre de 2016.
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