Proposta foi protocolada pela Mesa Diretora da Câmara Municipal no dia 30 de novembro e lida em plenário na sessão desta segunda-feira, 7. Reposição aumenta os vencimentos em pouco menos de R$ 300,00
Promete polêmica o Projeto de Lei Ordinária (PLO) 107/2020 que foi protocolado no último dia de novembro na Câmara Municipal de Bento Gonçalves e que deve ser discutido e votado, provavelmente, na próxima segunda-feira, 14. Trata-se de proposição que autoriza a revisão dos vencimentos dos vereadores com base no Índice de Preços Ao Consumidor Amplo (IPCA), autorizando que sejam recompostas as perdas ocasionadas pela inflação de setembro de 2019 a outubro deste ano.
Com isso, o salário bruto de um vereador de Bento, que atualmente é de R$ 9.288,61, seria aumentado em 3,14%, para R$ 9.580,27, valor que tem efeito retroativo, valendo a partir de 1º de dezembro. Os vereadores que farão parte da 18ª Legislatura, a partir de janeiro que vem e pelos próximos quatro anos, vão receber, mensalmente, R$ 298,66 a mais do que os atuais parlamentares. Na sessão de segunda, 7, conduzida pelo vice-presidente, vereador Jocelito Tonietto (PSDB), o projeto de lei foi apresentado sem ser colocado em discussão.
Mesmo assim, pelo menos um vereador da oposição, Agostinho Petroli (MDB), se posicionou contra a concessão de qualquer reajuste, mesmo na forma de reposição de perdas inflacionárias, para os representantes do Legislativo de Bento. Ele conclamou os demais vereadores para que não compactuem e não aprovem o que chamou de absurdo, “diante das dificuldades que as pessoas estão enfrentando por causa da pandemia (da Covid-19, provocada pelo coronavírus). Precisamos ser sensíveis ao momento atual, e agora não é hora de reajustar os salários dos vereadores”, disse. Se for aprovado na Câmara Municipal, o projeto de recomposição dos salários dos vereadores precisa ser sancionado pelo prefeito de Bento, Guilherme Pasin.