Segunda etapa de avaliação ocorrerá em julho, mas todos os finalistas já concorrem ao Prêmio Voto Popular

O Prêmio Salão Design 2023 está mais próximo de conhecer os premiados da sua 25ª edição. Dos 575 projetos inscritos por profissionais e estudantes, 228 foram aprovados pelo grupo de jurados da primeira etapa avaliativa – que considerou critérios técnico-funcionais (confira os finalistas aqui). Esse é o maior número de finalistas dos últimos cinco anos, comprovando a credibilidade da principal premiação brasileira do design de mobiliário, realizada desde de 1988 pelo Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis) com o objetivo de tornar as empresas mais inovadoras e competitivas, além de valorizar o talento dos designers de produto.

Agora, concorrentes do Brasil, Uruguai, Argentina, México, Espanha, Portugal e Itália se preparam para enviar seus produtos para Bento Gonçalves, na Serra gaúcha, onde serão avaliados presencialmente pelos jurados estético-criativos, nos dias 17 e 18 de julho. Mas esta edição traz uma novidade: todos os finalistas concorrem ao Prêmio Voto Popular. De 23/05 a 19/07, o público poderá acessar o site da premiação (salaodesign.com.br) para votar em seus projetos favoritos.

Desafios

Os projetos disputam em cinco desafios com diferentes temáticas: Espaços em Transformação (mobiliário que apresente soluções para as atuais transformações nos lares dos centros urbanos); Identidade Brasileira 2023 (móvel com uma proposta que represente o DNA do Brasil contemporâneo); Tecnologia Embutida (mobiliário que utilize inovações tecnológicas produtivas, construtivas, comerciais e funcionais); Experiências Positivas (móvel que utiliza o design para proporcionar experiências de bem-estar, aconchego, felicidade, realização, alegria, etc.) e Uso de Painel (mobiliário que utilize em sua estrutura, total ou parcial, painéis de MDP/MDF com revestimento melamínico em qualquer acabamento, exceto branco – inclui premiação adicional para o participante que utilizar as matérias-primas das patrocinadoras Berneck e Interprint do Brasil, listadas no regulamento).

Além dos desafios, a premiação conta com o Prêmio Madeiras Alternativas – parceria com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB). Mais do que o troféu, concede ao vencedor uma viagem para conhecer uma área de exploração de madeira sob o regime de manejo sustentável na Amazônia e visita ao Laboratório de Produtos Florestais do SFB. A este prêmio especial concorrem todos os participantes selecionados para a segunda etapa eliminatória e que utilizam madeiras alternativas na fabricação de suas peças.

Segunda fase: avaliação estético-criativa

A missão de avaliar os quesitos estético-criativos dos finalistas ficará com os jurados Adélia Borges (crítica, historiadora de design e curadora independente); Cris Bava (CasaCor); Paulo Biacchi (designer de produtos), Thaís Lauton (Casa e Jardim) e Winnie Bastian (curadora e produtora de conteúdo). O anúncio dos premiados será no dia 24/07, e estes serão expostos em uma mostra de apresentação dos premiados na feira Movelsul Brasil (28 a 31 de agosto, em Bento Gonçalves).

Parecer dos jurados técnico-funcionais

“Gostei bastante dos projetos avaliados nesta edição do Prêmio e temos excelentes candidatos para a segunda etapa. Por eu ter acompanhado outras edições do Prêmio, consigo perceber significativa evolução na qualidade dos projetos tanto no conceito quanto em quesitos técnicos e construtivos”.
Eduardo Nuncio – Móveis Carraro

“Notei uma preocupação muito grande com sustentabilidade, que não é mais uma tendência, mas sim uma obrigatoriedade das empresas. Achei muito bacana o uso de materiais alternativos para a criação de produtos legais, duráveis e sustentáveis. O uso da madeira e dos metais continua forte”.
Rodolpho Guttierrez – Centro Brasil Design (CBD)

“Formas orgânicas se consolidam e se disseminam para todos os ambientes da residência. Móveis compactos e que são ajustáveis para ambientes residenciais e comerciais”.
Sidnei Schenato (Senai – RS)

“Percebi um nível elevadíssimo no concurso. Produtos diversos e uso muito grande de madeira”.
Adriana Fontana (ABD – Associação Brasileira de Design de Interiores)

“As impressões foram as melhores possíveis. Os produtos apresentados expressam a identidade brasileira e, por meio de materiais, cores, formas, texturas e contextos apresentados, nosso regionalismo e os temas abordados caracterizaram a expressão do nosso design”.
Ana Paula Coelho (Centro Universitário Belas Artes de SP