A Prefeitura de Bento Gonçalves está empenhada em refazer o contrato com a Corsan e definir um novo cronograma de trabalho para o projeto de Saneamento das Estações de Tratamento de Efluentes no município. Em uma reunião com o superintendente da Região Nordeste da companhia, Lutero Fracasso, no mês passado, o prefeito Guilherme Pasin cobrou respostas diante de um atraso de mais de dois anos nas obras.
Apesar dos dois lados salientarem a importância da parceria, a reunião no Gabinete do Prefeito foi de fortes cobranças. Pasin, inclusive, acionou a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Agergs) para resolver a questão. “Estamos buscando uma repactuação do contrato realizado para que possamos ter prazos coerentes. Eu prefiro saber um cronograma factível, do que ter este cronograma “ágil”, mas que não acontece”, explica Pasin.
O que incomoda o prefeito é a pressão política gerada a partir do trabalho da companhia. “A Corsan é uma parceira e sempre existe o respeito. Foi uma cobrança muito forte, mas em momento algum passamos do limite. Politicamente, quem paga o preço é a administração municipal. A população não tem obrigação de entender questões políticas, de saber de quem é o buraco ou por que tal obra parou. Mas a resposta da Corsan foi muito boa e eu sinto que teremos uma nova agilidade nos processos de trabalho”, relata o chefe do Executivo.
Questionado sobre as cobranças do prefeito, o superintendente Lutero Fracasso preferiu responder apenas por e-mail. Primeiramente, ele exalta a parceria com a prefeitura, que seria de um bom diálogo e contribuição. “Tendo em vista que o nosso interesse é de sempre melhorar o serviço prestado, o feedback do Poder Concedente e da comunidade é sempre muito bem-vindo e importante para a companhia”. De acordo com o documento, a Corsan concorda que houve uma falha na elaboração do cronograma original e uma revisão se faz necessária. “Concordamos com o posicionamento do prefeito quanto ao cronograma do Plano de Saneamento ser inexequível. Contamos com o entendimento do poder concedente e da Agergs para a elaboração de novas metas”, respondeu Fracasso.
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