Famílias que se enquadraram nos critérios terão seus imóveis edificados por meio de programas estaduais e federais. No total, 12 imóveis serão construídos em loteamento e outros 10 na localidade de linha José Júlio
Santa Tereza, está prestes a vivenciar um marco significativo em sua história de reconstrução pós-tragédia. Após as enchentes devastadoras de setembro e novembro do ano passado, que deixaram um rastro de destruição e desalojaram várias famílias, o Município anunciou um ambicioso plano de reconstrução das moradias perdidas.
As primeiras medidas adotadas pela administração municipal foram direcionadas às famílias que perderam suas casas nas cheias. Após um atendimento inicial com fornecimento de água e cestas básicas, bem como a intermediação na doação de móveis para proporcionar condições mínimas nos locais onde as famílias se instalaram temporariamente, a prefeitura buscou os meios legais de inclusão das pertencentes da área urbana em um programa habitacional de doação de terrenos no Loteamento Stringhini II.
De acordo com a Administração, o local já está adaptado com infraestrutura necessária para a instalação das residências, incluindo serviços de terraplenagem, abertura de ruas, água, esgoto e energia elétrica, além das matrículas individualizadas dos terrenos já emitidas. Segundo a prefeita Gisele Caumo, o município buscou o enquadramento das 12 famílias beneficiárias no programa “A Casa é Sua – Calamidades”, do governo estadual, que proporcionará a construção das habitações.
Conforme levantamento, das 36 casas urbanas destruídas, metade eram imóveis utilizados para locação ou segundo imóvel, e 18 eram a residência única das famílias. Do lado rural, foram 29 casas afetadas pelas cheias, sendo 21 residências alternativas, chamadas de veraneio ou daquelas que possuem outra casa urbana e mantêm a propriedade rural para atividades agrícolas.
Em decorrência da burocracia legal, durante os cerca de sete meses após as enchentes, a prefeitura liderou ações para o replanejamento urbano, que incluiu a busca por meios legais de inclusão das famílias da área urbana em um programa habitacional de doação de terrenos, bem como a intermediação com a Cooperativa Habitacional da Agricultura Familiar (COOHAF), para a inclusão destas no programa habitacional específico para a área rural, onde as mesmas serão contempladas com a construção dos imóveis em suas propriedades.
Construção de residências em loteamento
Segundo o Município, o projeto de construção das casas no loteamento Stringhini II foi desenvolvido há cerca de dois anos. Na configuração, o espaço conta com 24 lotes. Dessa quantidade, até o momento, 12 famílias que perderam suas casas manifestaram interesse e se enquadraram nos requisitos do programa para receber sua nova moradia.
De acordo com a prefeita, todas terão as casas construídas no local, através do Programa “A Casa é Sua – Calamidades” do governo estadual. Outras 10 casas, que estavam localizadas na linha José Júlio, serão reconstruídas, através da COOHAF, com recursos federais. Conforme Gisele, vão ser beneficiadas, inclusive, famílias que não tiveram a perda total do imóvel, mas que possuem área não alagável. “Todas as famílias que perderam a residência única, da qual dependiam para habitar e manifestaram interesse, após ampla divulgação dos programas, realizada pelo município, estão inclusas nos programas habitacionais”, afirma.
A previsão, segundo o governo do Estado é de que a entrega das 12 novas moradias no loteamento seja feita até o final do ano. Já para os imóveis da área rural, não há previsão por parte da Cooperativa responsável pela execução, mostrando que Santa Tereza caminha para ser uma das primeiras cidades a concluir as obras de recuperação.