Ruas iluminadas, espetáculos performáticos, shows ao ar livre e decoração. Algumas pessoas acreditam que é necessário haver cortes no custo do Natal de Bento Gonçalves devido à crise econômica, enquanto outras veem o evento como essencial para fomentar o turismo no município. A estimativa da Prefeitura de Bento Gonçalves é de uma redução de 85% nos investimentos de recursos públicos para a data, embora esteja buscando apoio de entidades de classe, parcerias público-privadas e espetáculos financiados por meio do Ministério do Turismo.
De acordo com informações da Secretaria de Turismo, em 2015 foram investidos R$ 175 mil, enquanto neste ano o orçamento previsto é de R$ 25 mil. O titular da pasta, Gilberto Durante, afirma que o Poder Público aposta no apoio de outras entidades . “Nós temos diversas instituições investindo, a programação vai ficar legal”, observa. No ano passado, também houve repasse de recursos por parte de entidades de classe.
Ele ainda prevê que até a próxima terça-feira, 29, a agenda de eventos já deve estar definida, visto que a Prefeitura necessita ainda da concretização de negociações com algumas empresas. “Nós vamos ter o grande espetáculo Tholl financiado pelo SESC”, adianta. Os R$ 25 mil serão destinados para iluminação, decoração e contratação de eventos, de acordo com o secretário.
Na opinião dos cidadãos
Para o empresário Henri De Villa, de 58 anos, que possui uma lancheria no Centro, a data tem que ter uma programação diferenciada, mas é importante que os custos sejam cortados. “Uma vez nós tinhamos mais o espírito natalino, as casas eram enfeitadas, hoje parece que isso se perdeu. Eu acho que tem que fazer alguma coisa, mas tem áreas mais importantes para investir”, pontua.
Já na opinião do taxista Darci Scalco, de 61 anos, Bento Gonçalves não pode perder por outros municípios turísticos da região e isso tem acontecido devido a pouca importância dada aos eventos culturais. “O Natal é a alegria de todo mundo, por isso tem que investir. Hoje nós já estamos perdendo para Garibaldi. Nós não podemos perder por essas cidades”, argumenta. Ele ainda afirma que, se for necessário, a Prefeitura deve cortar recursos em outras áreas, mas não do Natal.
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