Os clientes que possuem dinheiro esquecido no Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central têm até a quarta-feira, 16 de outubro, para realizar o saque. O total disponível para resgate atinge impressionantes R$ 8,6 bilhões, conforme informou a autoridade monetária.
O SVR foi criado para permitir que pessoas físicas e jurídicas consultem valores que podem ter sido deixados para trás em bancos, consórcios ou outras instituições financeiras. A possibilidade de resgate foi estabelecida pela Lei nº 14.973/2024, sancionada pelo presidente Lula em 16 de setembro, que também trata da reoneração gradual da folha de pagamentos de 17 setores da economia até o final do ano.
O prazo inicial de 30 dias para o resgate, que começou em setembro, é um esforço do governo para garantir que os recursos não sejam incorporados ao Tesouro Nacional sem que os legítimos proprietários tenham a chance de reivindicá-los. Segundo o Ministério da Fazenda, após o término desse prazo, haverá um período adicional de 30 dias para contestar a incorporação dos recursos, que será contado a partir da publicação de um edital pela pasta.
“Apenas após o término desse segundo prazo, e caso não haja manifestação daqueles que tenham direito sobre os depósitos, os valores serão incorporados ao Tesouro Nacional”, esclareceu o ministério. Importante ressaltar que, mesmo após essa incorporação, os interessados ainda terão um prazo de seis meses para solicitar judicialmente o reconhecimento do seu direito aos depósitos.
O site oficial para consulta e solicitação de devolução é o valoresareceber.bcb.gov.br. De acordo com informações do Banco Central, uma única pessoa física tem a quantia de R$ 11,2 milhões esquecidos no SVR. Entre as empresas, o maior valor disponível para resgate é de R$ 30,4 milhões.
Históricos de saques também revelam que o maior resgate feito por uma única pessoa física foi de R$ 2,8 milhões, em julho de 2023, enquanto uma pessoa jurídica retirou R$ 3,3 milhões, em março do mesmo ano.