A nova infraestrutura, com investimento de R$ 1,3 bilhão, promete transformar a logística, impulsionar a economia e atrair novos negócios para a Serra Gaúcha e o Litoral Norte

A implantação do Porto Meridional de Arroio do Sal marca um passo histórico para a logística e o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul. Com previsão de início das obras em 2025 e conclusão em cerca de 30 meses, o projeto traz um investimento privado de R$ 1,3 bilhão, sendo uma das maiores iniciativas de infraestrutura do estado.

O contrato de concessão foi formalizado em um evento na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), com a presença de autoridades como o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta. Segundo Pimenta, o porto transformará a logística regional, especialmente beneficiando a Serra Gaúcha e o Litoral Norte, com impactos positivos também no turismo.

Impactos econômicos e sociais

A previsão é que o porto movimente cerca de cinco milhões de toneladas de carga sólida e granel, 800 mil toneladas de carga líquida e 300 contêineres por ano. Além disso, o empreendimento promete gerar dois mil empregos diretos e cinco mil indiretos. Para Luis Carlos Heinze, senador do Progressistas pelo Rio Grande do Sul, o Porto Meridional “é um marco para o desenvolvimento do estado, reduzindo custos logísticos e ampliando a competitividade dos produtos gaúchos”, declara.

Heinze também destacou que, com a melhoria da infraestrutura e a ampliação da capacidade de exportação e importação, haverá ganhos significativos para setores como o agropecuário, industrial e turístico. “A profundidade inicial do local é de 17 metros, isso permitirá a recepção de grandes embarcações, como cruzeiros marítimos, beneficiando o turismo na Serra Gaúcha e no Litoral Norte”, explica.

Um dos desafios para a implantação do porto está na adequação da infraestrutura regional. Segundo o vice-governador Gabriel Souza, a região ainda não está preparada para o aumento de veículos pesados e trens de carga. Heinze afirma que está trabalhando na ampliação das ferrovias e que os investimentos privados já garantem melhorias nos acessos rodoviários. “O Porto vai gerar uma infraestrutura importante para a região, que trará desenvolvimento e serviços. Vamos elevar o PIB local; com isso, a máquina pública ficará mais forte para realizar os mais variados investimentos sociais, incluindo educação e saúde”, explica.

Estudos de trafegabilidade estão em andamento para mitigar os impactos no tráfego local, principalmente durante a alta temporada turística.

Licenciamento ambiental e cronograma

O projeto aguarda a conclusão dos estudos ambientais conduzidos pelo Ibama, incluindo a coleta de dados nas quatro estações do ano. Segundo Heinze, a expectativa é que a licença prévia seja liberada no primeiro semestre de 2025. “Sou um defensor do progresso. O Rio Grande do Sul tem o maior custo logístico do país e apenas um porto. O Meridional é um caminho para melhorar a competitividade dos produtos gaúchos. É fato que a ampliação da capacidade de exportação e importação movimentará a economia, gerando emprego e renda”, declara.

A construção deve levar dois anos, mas etapas burocráticas ainda precisam ser vencidas antes do início das obras. “Trata-se de um porto privado que não apenas reduz custos, mas também amplia nossa capacidade de escoamento da produção. A distância será um diferencial importante na escolha e contribuirá para a redução da nossa dependência”, diz.

Competitividade com portos de Santa Catarina

Heinze acredita que o Porto Meridional será altamente competitivo frente aos portos catarinenses. “Sua localização estratégica e menor custo logístico são diferenciais importantes, além de reduzir a dependência do estado em relação a portos de outros estados”, afirma.

Futuro promissor

Com condições de expansão previstas no projeto, o Porto Meridional não apenas reforça a infraestrutura logística do Rio Grande do Sul, mas também abre portas para o desenvolvimento econômico e social da região. Para Heinze, “trata-se de um marco que garantirá crescimento sustentável e fortalecerá a economia gaúcha”, finaliza.

Benefícios para Bento Gonçalves e região

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Bento Gonçalves (CDL-BG), Marcos Carbone, destacou os impactos positivos que o Porto Meridional trará para a economia local. Segundo ele, a proximidade com o porto facilitará o acesso das empresas da região aos mercados internacionais, reduzindo custos logísticos e ampliando as possibilidades de negócios. “Com a ligação direta entre o Porto Meridional e a Rota do Sol, nossa região será integrada de forma mais eficiente a outros centros produtivos e mercados globais. Isso tornará a Serra Gaúcha ainda mais atrativa para investimentos e permitirá que nossas empresas ganhem competitividade”, afirma Carbone.

A expectativa é que o porto impulsione a instalação de novos centros logísticos e atraia indústrias de diversos setores, diversificando a matriz econômica da região. “Essa movimentação deve beneficiar não só as indústrias, mas também o comércio e os serviços, com reflexos diretos na geração de empregos e no aumento da renda local”, acrescenta o presidente da CDL-BG.

O Porto Meridional será capaz de movimentar grandes volumes de cargas, como cinco milhões de toneladas de grãos, 800 mil toneladas de líquidos e 300 mil contêineres anualmente. Sua profundidade inicial de 17 metros permitirá a recepção de grandes embarcações, inclusive cruzeiros marítimos, o que pode beneficiar também o turismo regional, gerando novas oportunidades para a Serra Gaúcha. “Isso não só reduzirá os custos de transporte, mas também tornará a Serra Gaúcha mais atrativa para novos investimentos. Indústrias de diferentes setores podem ser atraídas pela proximidade com o porto, resultando na instalação de novos centros logísticos e na diversificação da produção local”, explica.

A construção do porto deve gerar dois mil empregos diretos e cinco mil indiretos, aquecendo a economia local. Para Bento Gonçalves, isso significa mais recursos circulando no comércio e maior demanda por serviços, como transporte, hospedagem e alimentação. “Estamos diante de uma oportunidade histórica para a Serra Gaúcha. O Porto Meridional pode ser o catalisador de uma nova era de desenvolvimento para Bento Gonçalves e região, fortalecendo nossa economia e projetando a nossa produção para o mundo”, finaliza Marcos Carbone.

Para Carlos Lazzari, presidente do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG), os impactos do Porto Meridional vão além do âmbito estadual, fortalecendo diretamente o setor produtivo da Serra Gaúcha. “O segmento industrial será o primeiro impactado, com acesso facilitado a mercados internacionais, redução de custos logísticos e aumento da competitividade das empresas locais. Além disso, a importação de insumos será otimizada, permitindo maior diversificação e inovação na produção”, destaca Lazzari.

Outro ponto de destaque é o potencial de atração de novos investimentos para a região. Segundo o presidente do CIC-BG, a infraestrutura portuária será estratégica para impulsionar a conectividade e promover o desenvolvimento econômico do trade regional, abrangendo comércio, serviços e outros setores correlacionados.

Para Bento Gonçalves, cidade reconhecida pela força de sua indústria e exportação de vinhos, móveis e metalurgia, a nova infraestrutura portuária facilitará o escoamento desses produtos para mercados nacionais e internacionais. “O Porto Meridional é um atrativo para novos investimentos na região, gerando novos empregos e promovendo o desenvolvimento de todo o trade econômico, com destaque para o comércio e serviços. Sem dúvida essa obra será estratégica para melhorar a conectividade da Serra Gaúcha e de todo o estado, permitindo que o Rio Grande do Sul se torne mais competitivo no cenário nacional e internacional”, destaca.

Enquanto o projeto avança em licenciamento ambiental e adequação de infraestrutura regional, a expectativa cresce entre empresários e lideranças políticas. Para o presidente do CIC-BG, o Porto Meridional é um motor de transformação. “Esse investimento estratégico impulsionará a economia gaúcha, melhorando a logística e consolidando o estado como referência em exportação e inovação”, conclui.