A reconstrução da Ponte da Linha José Júlio, que foi arrastada pela força das águas do Arroio Marrecão durante as fortes chuvas de 30 de abril, começou na segunda-feira, 25, e deverá ser concluída em cerca de 120 dias. A cena da queda da ponte, registrada em um vídeo pela prefeita Gisele Caumo, repercutiu em nível nacional e internacional, marcando um dos momentos mais dramáticos para os moradores de Santa Tereza e da Serra Gaúcha.

O projeto para a reconstrução foi cadastrado pelo município na Defesa Civil Nacional logo após a tragédia, sendo aprovado em junho. A partir daí, a expectativa se concentrou na licitação para a escolha da empresa que ficaria responsável pela obra. A vencedora do certame foi a Cidade Projetos e Construções, que receberá o repasse de R$ 4.100.400,00 para a execução da nova estrutura.

Nova estrutura promete ser mais robusta e segura

O projeto, desenvolvido pela Progettare Engenharia e Assessoria, prevê uma ponte de 72 metros de extensão, quase o dobro da extensão da antiga, que era de 40,8 metros. Além disso, a largura será ampliada de 4 metros para 7,3 metros, sendo 6 metros de pista e 1,3 metro de passarela para pedestres, um benefício que a antiga ponte não oferecia. A nova estrutura será projetada para suportar uma capacidade de carga de até 45 toneladas, garantindo maior segurança e fluidez para o tráfego de veículos e pedestres.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, a prefeita Gisele Caumo celebrou o início das obras, destacando a importância da reconstrução não apenas em termos de infraestrutura, mas também para a recuperação da confiança e da identidade da comunidade. “Quando perdemos pontes, perdemos elos. Esta ponte representava ligações de saúde, de educação, de economia, facilitando a logística da região. Hoje, sete meses após a tragédia, iniciamos a construção de uma obra muito mais robusta, que atenderá a todas as necessidades dos usuários”, afirma.

Ela também ressalta que a reconstrução da ponte simboliza o esforço de ressignificação de um processo de reconstrução mais amplo, que reflete a força e a resiliência da comunidade. “Esta obra vai além de concreto, aço e pilares. Ela representa o reconstruir da confiança, da segurança e do orgulho de sermos uma comunidade forte e aguerrida”, completa Gisele.

Fotos: Marcelo Bettinelli Machado / Reprodução