A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta quinta-feira, 4 de julho, o ex-presidente Jair Bolsonaro no caso das joias sauditas, em um desdobramento que promete agitar o cenário político nacional. O relatório parcial da investigação foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pelo caso.

A investigação da PF se concentrou no funcionamento de uma organização criminosa destinada ao desvio e venda de presentes recebidos por autoridades estrangeiras durante o governo Bolsonaro. De acordo com as regras estabelecidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), tais presentes deveriam ser incorporados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), setor da Presidência da República responsável pela guarda desses itens, e não poderiam ser mantidos no acervo pessoal do presidente.

As apurações revelaram que os desvios tiveram início por volta de meados de 2022 e se estenderam até o início do ano passado. As operações de venda dos presentes eram supostamente coordenadas por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

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Foto: Valter Campanato / Agência Brasil / Arquivo