Crime é considerado o maior assalto já registrado no Rio Grande do Sul
A Polícia Federal (PF) anunciou nesta segunda-feira, 2 de setembro, e a conclusão da Operação Elísios, que investigou o audacioso assalto à aeronave pagadora no Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, ocorrido no dia 19 de junho. Após 70 dias de intensa apuração, a operação revelou detalhes alarmantes sobre o maior assalto registrado no Rio Grande do Sul.
O relatório final da Operação Elísios identificou o envolvimento de 19 pessoas no crime, das quais 17 foram indiciadas. Dentre os suspeitos, 12 estão presos preventivamente e outros dois foram mortos em confrontos com as autoridades no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Além das prisões, a operação resultou no cumprimento de 12 mandados de busca, na apreensão de 26 veículos e na representação para o sequestro de 19 contas bancárias e quatro imóveis.
A investigação revelou que o assalto foi meticulosamente planejado e executado por uma combinação de facções criminosas de São Paulo e do Rio Grande do Sul. As operações envolveram um complexo esquema de planejamento, execução, fuga e exfiltração, incluindo o transporte de armamento pesado, munições, explosivos e equipamentos sofisticados como “jammers” e radiocomunicadores. Os criminosos também empregaram estratégias de falsificação e adulteração, utilizando veículos e placas falsas, bem como se escondendo em locais preparados para evitar a detecção.
Os indiciados enfrentam uma série de acusações graves, incluindo latrocínio, falsificação de símbolos e identidade, explosão, adulteração veicular, posse de arma de uso restrito, lavagem de dinheiro, e organização criminosa. As penas máximas para esses crimes, se somadas, podem atingir até 97 anos de prisão. Quase todos os envolvidos já tinham antecedentes por crimes similares.
A Operação Elísios recebeu este nome em homenagem ao sargento da Polícia Militar do Rio Grande do Sul que perdeu a vida durante o assalto. O termo “Campos Elísios”, inspirado na mitologia grega, simboliza o local onde heróis e homens virtuosos repousam após a morte, refletindo a memória e o respeito pelo serviço do policial.