Segundo a Polícia Civil, mulheres vítimas de violência doméstica vão poder pedir o suporte pela internet, sem necessidade de ir até uma delegacia.

Em apenas 24 horas, seis mulheres foram mortas por ex-companheiros em seis cidades diferentes do Rio Grande do Sul. Diante desses casos, a Polícia Civil gaúcha decidiu facilitar o pedido de medida protetiva.

Na madrugada de sexta-feira (18), Raíssa Muller, de 21 anos, e o namorado, Eric Richard de Oliveira Turato, de 24, foram mortos a facadas na casa onde ela morava, no município de Feliz. Parentes ouviram o pedido de socorro.

O ex-namorado de Raíssa, Vinícius Britz, confessou o crime e foi preso em flagrante.
Pouco mais de três horas depois, em Parobé, Caroline Machado Dorneles, de 25 anos, foi morta, também a facadas, no meio da rua. Ela estava grávida de três meses e tinha uma filha de cinco anos.

O suspeito é o ex-companheiro, que está foragido.

Por volta de meio-dia, Juliana Proença Luiz, de 47 anos, foi esfaqueada, em casa, pelo ex-companheiro, Gilberto Batista, em São Gabriel. Ele foi preso em flagrante.

Simone Andrea Meinhardt, de 49 anos, também foi morta em casa a facadas, em Santa Cruz. O ex-companheiro dela – que não teve o nome divulgado pela polícia – está preso.

Na mesma tarde, em Viamão, Patrícia Viviane de Azevedo, de 50 anos, foi assassinada a tiros. O suspeito, ex-namorado dela, está foragido.

“Estava com as duas filhas, a mãe dela e a irmã dela, todos na residência, só que são duas casas aqui dentro, o pessoal estava na casa do fundo e quando ela veio para casa da frente ele cometeu essa desgraça aí”, lembra Luís Emília Rodrigues.

O último crime aconteceu em Bento Gonçalves. Jane Cristina Montiel Gobatto, de 54 anos, foi morta em casa. A polícia não divulgou o nome do suspeito.

Em nenhum dos seis casos, as vítimas tinham medida protetiva.
A Polícia Civil está investigando os casos e anunciou que, a partir da semana que vem, vai facilitar o pedido de medida protetiva.

Mulheres vítimas de violência doméstica vão poder pedir o suporte pela internet, sem necessidade de ir até uma delegacia.

O Rio Grande do Sul já registrou 25 feminicídios neste ano.