A Polícia Civil divulgou na manhã desta quinta-feira, 4 de setembro, imagens do homem que entregou, no guarda-volumes da Estação Rodoviária de Porto Alegre, uma mala contendo o tórax de uma mulher.

O suspeito, que aparece usando boné, máscara cirúrgica e luvas, foi registrado pelas câmeras de segurança da rodoviária. A polícia pede que quem tiver informações sobre ele entre em contato de forma anônima pelos canais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP):

  • Disque DHPP: 0800-642-0121
  • 181

Além de tentar identificar o homem, os investigadores buscam apurar se ele cometeu o crime ou se contou com a ajuda de outras pessoas.

Foto: Divulgação / Polícia Civil

Relembre o caso

A mala com parte do corpo da vítima foi encontrada por funcionários da rodoviária na manhã de segunda-feira (1º). A bagagem havia sido deixada há 12 dias no local.

Anteriormente, em 13 de agosto, braços e pernas da mesma vítima foram localizados na Rua Fagundes Varela, bairro Santo Antônio, zona leste da capital. Na quarta-feira (3), o Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmou que os restos mortais encontrados em ambos os locais pertencem à mesma pessoa, por meio de análise de material genético.

Investigados

Os principais suspeitos são:

  1. O homem que deixou a mala na rodoviária, em 20 de agosto;
  2. A pessoa detentora do CPF informado pelo suspeito ao entregar a bagagem.

O diretor do DHPP, delegado Mario Souza, afirmou que o homem que deixou a mala não necessariamente é o autor do homicídio e acrescentou: Pela experiência dos investigadores, tudo indica que a vítima conhecia quem organizou o assassinato.

A polícia também realiza um levantamento de mulheres desaparecidas no Estado nos últimos 12 meses, com faixa etária a partir de 45 anos, como parte das investigações.

Características do crime

Segundo Souza, os elementos apurados indicam que não se trata de crime organizado:

  • Os cortes no corpo foram precisos e técnicos, algo incomum em ações de facções;
  • O local da mala possui câmeras e grande movimentação, o que não é típico de crimes cometidos por organizações criminosas.

Tudo aponta para um crime de relação íntima, possivelmente feminicídio, concluiu o delegado.