Penitenciária Estadual de Bento Gonçalves foi alvo de ação na manhã desta quarta-feira, 21
Na manhã desta quarta-feira, 21, a Polícia Civil deflagrou a segunda fase da Operação Nemeia, intensificando a luta contra um grupo criminoso especializado no tráfico de entorpecentes dentro do Sistema Penitenciário. A ação coordenada envolveu uma série de operações simultâneas em diferentes cidades do Rio Grande do Sul, resultando em uma série de prisões e apreensões significativas.
Durante a operação, foram cumpridos 56 mandados de prisão preventiva, 59 mandados de busca e apreensão, além de 59 bloqueios de contas bancárias e o sequestro de seis veículos. As ações ocorreram em Porto Alegre, Encantado, Canoas, Eldorado do Sul, Charqueadas, Bento Gonçalves e Novo Hamburgo. Até o momento, 45 pessoas foram presas e diversos documentos e celulares foram apreendidos.
A primeira fase da Operação Nemeia foi iniciada após investigações sobre comércio de armas e tráfico de entorpecentes no bairro Bom Jesus, em Porto Alegre. As diligências iniciais revelaram que o grupo criminoso utilizava residências para armazenar entorpecentes, dinheiro e armas. Em julho de 2023, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos, resultando na apreensão de armas de fogo, munições, carregadores, celulares, um notebook, uma balança de precisão, cadernos de anotações, R$ 37.812 em cédulas fracionadas, além de cocaína, crack e maconha.
A investigação avançou para identificar outros membros do grupo e revelou que dois dos investigados controlavam o tráfico de drogas em presídios do estado, incluindo a Cadeia Pública de Porto Alegre, a Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas e a Penitenciária Estadual de Jacuí. A análise revelou que a movimentação financeira do grupo era milionária, com uma estrutura elaborada para lavar o dinheiro obtido com o tráfico.
Os investigados utilizavam o ambiente restrito dos presídios para justificar a cobrança de altos preços pelas drogas, o que gerava uma significativa movimentação de capital ilícito. Além disso, havia um claro esforço para inserir o capital obtido ilegalmente na economia formal, investindo em bens de luxo, empresas e imóveis.
As investigações ainda estão em andamento, com a expectativa de que mais ações sejam realizadas para desarticular completamente o grupo e recuperar ativos ilícitos.
Foto: Polícia Civil