Polêmicas Bolsonarianas
O presidente Bolsonaro afirmou que existe uma “indústria da multa” no Brasil, referindo-se ao uso dos radares fixos – vulgos “pardais” – e dos radares móveis. Isso tem provocado inúmeros debates nas redes sociais. As argumentações são as mais variadas, desde aquelas bem fundamentadas até as que não passam de demonstrações de absoluta ignorância dos autores, vitimados pela “doença” (que parece ser incurável) que já é uma epidemia, chamada de PARTIDARISMO, mais precisamente de PETISMO e ANTIPETISMO. Bolsonaro tem se mostrado um exímio semeador de polêmicas, sem dúvidas.
Mas, quem tem razão?
Ao se referir a “indústria de multa”, Bolsonaro não está totalmente errado. Basta se fazer uma análise ISENTA, senão vejamos. O objetivo dos radares móveis é INIBIR o excesso de velocidade? Dizem que sim! Mas, quando um agente está escondido numa “quebrada” ou atrás de árvores ou de tocaia, obviamente ele quer é MULTAR. Sim, porque se houver um flagrante de 150 km/h e uma foto é tirada e, posteriormente, enviada ao infrator, como se pode qualificar isso? Razão aos defensores de radares?
Sim, quem?
Se ocorrer um acidente por estar a 150 km/h e morrer gente, de que vale a multa? Não seria melhor EVITAR que o infrator cometa a infração? Como? Simples: COM O AGENTE BEM VISÍVEL e até com placa antecipando sua existência. Elementar, não? Se o acidente não for evitado, por que existir os radares móveis ou fixos? Então, penso que os radares são, sim, necessários, mas não como o Bolsonaro os qualifica – “indústria da multa” -, ou seja, OCULTOS, com agentes de tocaia, no caso dos móveis e “de surpresa” como são os fixos atuais. Se querem evitar acidentes, radares utilizados COM VISIBILIDADE aos motoristas. Senão, razão a Bolsonaro.
Caxias dá exemplo
Caxias do Sul está dando exemplo de como usar radares. O uso dos radares móveis será informado com antecedência, com placas também móveis colocadas a 300 m deles. As operações ocorrem diariamente em 11 diferentes pontos da cidade e as datas das operações são divulgadas no site da prefeitura. O prefeito Daniel Guerra acompanha a recente determinação do presidente Jair Bolsonaro sobre a fiscalização com radares móveis em rodovias federais. Em resumo, Guerra quer acabar com a “indústria da multa”. Quantos Estados e municípios seguirão o exemplo?
Pra quê radares?
Pois é, essa pergunta me foi feita várias vezes por motoristas. A razão da pergunta é o estado lamentável, ridículo, absurdo em que se encontram nossas rodovias. A BR-470 carece de melhor sinalização; a ERS-453 é um festival de crateras; a ERS-446 é o resumo do descaso e da falta de respeito das “autoridades competentes”. Chegaram ao cúmulo de efetuar uma “operação tapa-buracos” e deixar com verdadeiros “quebra-molas”, originários de abertura de valas de drenagem MAL ACABADAS. Já a RS-122 (pedagiada) é um exemplo de “como ofertar rodovia mal sinalizada”. Como essas estradinhas nessas condições, para que radares, né?
Entidades Fortes
Bento Gonçalves dispõe de entidades fortíssimas, bem estruturadas e de relevante importância para a comunidade. O Centro da Indústria, Comércio e Serviços – CIC/BG – já é centenário. Neste mês, a Câmara dos Dirigentes Lojistas – CDL -, atinge a expressiva marca dos CINQUENTA ANOS. A CDL, presidida por Marcos Carbone, recebeu significativa homenagem da Câmara de Vereadores, a Portaria de Louvor. E num evento festivo, realizado no Clube Aliança, lançou o livro que conta essa história cinquentenária: “50 anos em transformação: o legado da CDL para o comércio de Bento Gonçalves”. Parabéns a CDL, aos seus funcionários e associados.
Vai resolver?
O governo federal e o estadual estão anunciando várias “privatarias”. Já foram feitas várias em passado recente e a pergunta que não quer calar (pelo menos para aqueles que pensam e questionam) é: “Resolveram alguma coisa?” Se observarmos o nosso Estado, constataremos que absolutamente nenhum efeito surtiu. Antes pelo contrário, vendemos estatais e a dívida do Estado continuou subindo absurdamente. E no País? O que de bom trouxe para o povo brasileiro? Agora querem “vender” as “joias da coroa” (Correios, Banco do Brasil, Petrobrás e Caixa Federal”. O déficit do Brasil é bilionário, assim como o do Estado. Essas “vendinhas” resolverão algo? Até os postes da rua Marechal Deodoro sabem que não. Mas, haverá “riquinhos” rindo à toa.
Últimas
Primeira: Nesta segunda-feira, dia 26, Clovis Tramontina será o palestrante da reunião-almoço do CIC-BG. Um empresário desse quilate deve ser prestigiado, ouvido e seguido;
Segunda: Já se vê mais policiais, guardas municipais e agentes de trânsito trabalhando nos pontos cruciais da cidade. Muito bom!
Terceira: O CIC-BG alerta para a necessidade dos cidadãos procederem o cadastramento BIOMÉTRICO. O agendamento pode ser feito pelo site “eleitor.tre-rs.jus.br/agendamento” ou comparecendo ao Cartório Eleitoral. Mais de 50% dos eleitores ainda não se cadastraram;
Quarta: Neste sábado, 24, acontece o ALMOÇO SOLIDÁRIO que comemora o CENTENÁRIO do Clube Esportivo, com o lançamento do Almanaque do Esportivo, publicação com autoria de Gustavo Côrtes e edição de Fabiano Mazzotti;
Quinta: O governo está, com o Congresso, maquiavelando uma “reforma tributária” e, por isso, é de bom alvitre que comecemos a preparar o bolso para a paulada que virá;
Sexta: Bolsonaro nega um nova CPMF, mas Guedes e Cintra insistem em lançar o “balão de ensaio”. Melhor, pois, colocar as barbas, digo, os bolsos de molho;
Sétima: Alexandre Frota, ator pornô, eleito deputado pelo PSL de São Paulo, foi expulso do partido e passou a detonar Bolsonaro. Como se vê, política não é para amadores;
Oitava: Grêmio e Inter foram derrotados por Palmeiras e Flamengo, respectivamente. Foram derrotas com o mesmo DNA: pensaram que iriam vencer;
Nona: Agora, para obter classificação na Libertadores, ambos precisarão jogar muito, mas muito mais do que vêm jogando. Conseguirão? A conferir!